Melhores amigos desde que nasceram, Dulce e Christopher estavam sempre grudados e, juntos, acabam descobrindo um sentimento a mais. Porém, o destino é algo que não se pode prever, e assim muitas coisas acontecem, bagunçando tudo e fazendo com que am...
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Março de 2022
Eu estava preparando meu almoço quando Mariana bateu na minha porta aos prantos, sem nem conseguir falar.
Eu a coloquei para dentro e tratei de todas as formas acalmá-la, até conseguir que ela me contasse o que havia acontecido. Senti meu sangue ferver de ódio depois que ela me disse o que Mabel havia feito. Minha vontade era de sair correndo até a casa dela e enforcar aquela mulher até ela perder totalmente o ar.
Como pode uma mãe fazer a filha se sentir daquela forma?
Mariana chorou em meus braços, enquanto eu fazia um carinho em seus cabelos, até que ela se acalmasse. Era incrível o quanto seus cabelos eram macios assim como quando era bebê.
É um fato que eu amo Mariana da mesma forma como amo Peter. Como pode?
— Sabe, Dul, o que mais me deixa incrédula é o fato de você e Peter se darem tão bem, como mãe e filho, sendo que ele nem nasceu de você. E eu nasci da minha mãe, e sinto como se eu não tivesse o mesmo sangue que o dela. — Ela disse com a voz um tanto embargada por conta de ter chorado desde que chegou.
— A vida me provou mais de uma vez que não é necessário uma criança nascer do ventre de uma mulher para que ela o ame como filho. — Mariana me olhou e sorriu sem mostrar os dentes.
— Lali? — Escutamos a voz de Peter assim que ele entrou na sala de estar. Mariana se sentou e confesso que me senti surpresa ao ver que logo atrás dele estava Christopher.
— Como você sabia que eu estava aqui? — Ela perguntou assim que ele se aproximou.
— Eu sabia que você não ia perder a oportunidade de roubar minha mãe por uns minutos. — Ele riu pelo nariz e logo beijou a testa dela. — Você está bem?
— Não, mas vou ficar. — Ela disse sorrindo sem mostrar os dentes. — Parece que você trouxe meu guarda costas com você. — Ela brincou olhando para Christopher, que tinha a preocupação estampada no rosto.
— Desculpa, petisa. Fiquei preocupado que não te encontrava, seu pai me ajudou a pensar. — Christopher se aproximou ainda mais dela e lhe tocou a ponta do nariz.
— Eu sinto muito, petisa. — Ele disse pegando a mão dela. — Vou dar um jeito de conversar com a sua mãe.
— Pai, não quero conversar sobre isso agora. — Christopher assentiu, respeitando o pedido da filha. — E eu também pretendo ficar por aqui hoje. Posso? — Ela olhou para mim e eu sorri sem mostrar os dentes.
— Você não precisa nem pedir, Lali. — Sorri para ela e toquei seu queixo rapidamente. — Vou aumentar a comida do almoço. Tudo bem? — Eles assentiram, inclusive Christopher.
— O que acha de irmos buscar um sorvete na sorveteria para comermos depois? — Lali assentiu. — Mãe, já voltamos aí. — Pisquei para Peter, que puxou Mariana, saindo com ela de casa.
