Procurei minha bolsa e peguei todo o dinheiro vivo que tinha e o cartão de credito. Pensei duas vezes e troquei o de credito pelo de debito. Se eu usasse o cartão de credito para comprar coisas para ele, iria cair direto na fatura de Fernando e ele junto com minha mãe, fariam perguntas. Usando o de debito seria mais fácil mentir dizendo que precisei usar o dinheiro da conta e Fernando depositaria mais na conta.
Voltei à sala e o encontrei de frente para a estante.
— Onde está seu marido? —Perguntou.
— Não sou casada. Só tenho dezenove anos.
— E família? Mora sozinha por quê? —Ele parecia curioso.
Senti medo de falar qualquer coisa sobre minha família e por isso menti:
— Não tenho ninguém, nenhum parente.
— Está mentindo.
Ele virou-se para mim mostrando o porta-retratos com uma foto minha e de minha mãe. Merda! Suspirei derrotada.
— Minha mãe mora em outro país. Não vou dizer mais nada, você já tem a mim, deixe-os fora disso.
— Minha pequena rosa negra... —Ele se aproximou de mim. — Não tenho intenção nenhuma de envolve-los em nada. É apenas curiosidade.
Tomei o porta-retratos de sua mão e o recoloquei no lugar.
— Já estou com o dinheiro. Vamos.
Saímos pelo elevador, dessa vez certa de que a única coisa que aconteceria seria a curiosidade das pessoas em saber quem era esse homem ao meu lado. Voltamos para o carro e seguimos para o shopping. Karan mantinha o rosto virado para a janela, totalmente envolvido com a paisagem que via.
Estacionei perto do shopping e seguimos a pé. Ele caminhava relaxado ao meu lado, e sete, em dez mulheres, o olhavam com cobiça e desejo. Olhei para ele querendo entender o que o fazia tão atraente. Mas como não entenderia? Ele é alto, forte, ombros largos, torso escultural. O rosto tem uma expressão de sarcasmo e sedução, o olhar azul intenso é hipnotizante e o cabelo loiro e liso despenteado caindo sobre o rosto o torna quase um deus. "Deus da morte." Pensei.
Ate o jeito como anda, com classe e elegância. Move-se com destreza e naturalidade, quase como se flutuasse. Tinha porte e superioridade em seu andar. Era o tipo de homem que atrai olhares femininos e ate mesmo masculinos.
— Admirando? —Perguntou ele me flagrando.
— Anda logo.
Fomos em uma das lojas masculinas do shopping e uma atendente foi extremamente "gentil" com ele. Loira, peituda e com piercing na língua.
— Posso ajudar? —Perguntou com a voz sedosa.
— Pode. —Respondi. — Ele quer ver algumas roupas.
— Algum estilo em especial? —Ela falava diretamente com ele.
— Todos. —Ele respondeu.
A garota quase teve um orgasmo ao ouvir a voz dele. Quase tive pena dela, se não tivesse sido aquela cena aterrorizante, provavelmente eu teria tido uma reação parecida ao ouvir sua voz.
Ela nos conduziu aos provadores e separou algumas roupas no tamanho que eu enformei, disse o numero das calças que ele estava usando, já que ficaram bem atraentes desse tamanho, e um numero maior que o da camisa. A garota trouxe tudo em questão de minutos.
Deixei-o no provador e fui pegar algumas boxers, afinal ele tinha que usar cuecas. Escolhi umas dez de cores variadas, mas dando preferencia, optei pelas cores vermelho, preto, cinza e branca. Retornei ao provador e deixei as boxers junto às roupas que eu mesma tinha escolhido. Estava pagando com meu dinheiro, então me vi no direito de vesti-lo como eu quisesse.
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Pulsação
VampirCristina Levy é estudante de medicina e é sorteada junto com mais cinco colegas de classe para assistirem uma dissecação de um cadáver encontrado por arqueólogos na Espanha. O que ela não esperava era que uma simples gota de seu sangue despertaria...