Quando Conheci Você • PJM + JJK

Epílogo - forever yours

Enfim veio aí o epílogo de quando conheci Você! Espero muito que vocês gostem e que isso mate um pouco da saudade de vocês dos nossos queridos personagens!
Imagino que o próximo anúncio será a pré venda do livro físico que deve acontecer ainda esse ano pelo editora yellow!!!
Quero agradecer pelo carinho e amor pelos jikook, amo muito vocês!
Meta de comentários: 1000 comentários!

🎰

O som abafado dos passos ecoava pelo piso de concreto do presídio enquanto Jungkook e Bogum passavam pelos corredores estreitos e pouco iluminados seguindo o guarda prisional. Sete anos se passaram desde os eventos que haviam mudado suas vidas para sempre, mas as cicatrizes – físicas e emocionais – permaneciam. Jungkook ajustou mais uma vez a gola de sua camisa social, prestava atenção em cada passo que dava, um habito que havia adquirido mesmo após largar a bengala, o peso de suas decisões começava a pesar. Bogum, ao seu lado, mantinha o queixo erguido, estava decidido quando aceitou o convite de Jungkook para ir até lá, mas os dedos tensos ao redor de sua bolsa denunciavam seu nervosismo.

Na sala de visitas, a mãe de Jungkook e Marco aguardavam. A senhora Jeon, após tantos anos atrás das grades, estava mais magra e mais velha do que o alfa se lembrava; o tempo e isolamento haviam realmente cobrado o preço. Já Marco, mantinha a mesma postura que tinha apresentado no julgado, postura recolhida e olhos contidos cheios de culpa.

— Jungkook... – A senhora Jeon começou, a voz falhando levemente – Eu... eu sinto muito. Por tudo. Pelas escolhas que fiz, pelos meus erros. Não espero que me perdoe, mas precisava dizer isso.

Marco, ao seu lado, finalmente tomou coragem para encarar Bogum. — Eu você... Eu sei que não há palavras que possam apagar o que fiz. Eu fui um monstro, e você não merecia nada disso.
O silêncio pairou na sala por um momento, pesado. Jungkook respirou fundo, mas o som abafado da chuva em sua mente o transportou para àquela noite terrível – dos gritos de seu ômega em meio ao caos.

Ele apertou as mãos em punho. — Desculpas não apagam o que aconteceu. Não trazem de volta a confiança que vocês destruíram ou o sofrimento que causaram – Ele lançou um olhar gelado para a mãe — Você não era perfeita, mas eu nunca pensei que seria capaz de trair sua própria família dessa forma, e mesmo anos depois não conseguir ser verdadeira em nenhuma sílaba do que fala.

Bogum balançou a cabeça cruzando as mãos em cima da mesa, a respiração pesada, ainda conseguia sentir o próprio sangue-frio ao redor do corpo enquanto perdia a própria vitalidade a cada gota que se esvaia de seu corpo. — Eu quase morri, Marco. Eu quase deixei meu filho órfão por sua culpa. Você não é digno do meu perdão.

Sem mais palavras, Jungkook se levantou, já havia visto o que queria. — Eu vim aqui para dar um fim a isso, acho que precisava disso. Para dizer que segui em frente. Mas perdoar? Nunca. Não por tudo o que fizemos para sobreviver a vocês e aquele outro homem que não faço nem questão de ver na minha vida.

Eles deixaram a sala, o peso do passado ainda presente, mas com a certeza de que estão livre para seguir em frente mais fortes. — Acho que finalmente estamos prontos para realmente fechar esse capítulo, não é?

Bogum ainda se recuperava de ter encarado aqueles dois, então deu um pequeno sorriso, a dor ainda presente. — Sim, estamos.

Na volta do presídio, o Jeon se encontrava em completo silêncio, enquanto dirigia, as mãos firmes no volante enquanto seus pensamentos o lembravam de tudo o que tinha acontecido no passado e também no que havia construído com sua família. Ao seu lado, Bogum observava a paisagem passar pela janela, a expressão serena, mas igualmente introspectivo. Quando enfim, chegaram à casa de San, o alfa já esperava na porta, com um sorriso caloroso e os braços abertos que sabia que seu ômega precisaria.