A Herdeira da Máfia

Capítulo XXXV

Charlotte

Engfa rapidamente se afasta e em seguida se levanta da cama, me levanto e fico sentada a observando ir abrir a porta para que Faye entre em seguida.

- Algum problema Faye? – Engfa a questiona seriamente.

- O líder da Tríade descobriu sobre nosso pessoal infiltrado e não está feliz – Faye fala seriamente preocupada.

- Ele fez algum questionamento? – Engfa também está preocupada agora.

- Ele está exigindo falar diretamente com você, agora, por telefone – Faye diz apreensiva.

- Certo, vou me trocar e já desço para fazermos a chamada pela linha segura do escritório – Engfa termina de falar e Faye sai do quarto.

- Acho que nosso breve momento de paz chegou ao fim – ela diz, com um olhar melancólico, me encarando.

- Foi bom e essencial enquanto durou – respondo, mantendo o olhar.

- Vamos? É hora de encarar o que vem pela frente – Engfa diz, estendendo a mão para mim.

- Juntas? – pergunto, apertando sua mão. Ela me puxa de uma vez, e fico tão próxima de seu rosto que quase posso sentir sua respiração.

- Sempre – ela sussurra, seus olhos fixos nos meus lábios. Olha nos meus olhos, como se pedisse permissão, e, em resposta, dou um breve sorriso. Então, ela me beija.

Já estamos indo em direção ao escritório, ambas trocamos de roupas e já estamos prontas para dar início na loucura que vem a seguir.

- Já estamos na linha segura? – Engfa questiona Faye, assim que entramos no escritório.

- Sim senhora.

- Então, por favor, ligue para o infeliz – Engfa diz levemente irritada.

- Senhorita Waraha, pensei que tivéssemos chegado a um acordo pacífico – a voz do Senhor Yang soa forte e clara após três toques na linha.

- Senhor Yang, creio que em nenhum momento nosso acordo foi violado – responde Engfa, com firmeza e confiança.

- E o que me diz de todos esses estranhos em meu território? – ele pergunta, claramente irritado, do outro lado da linha.

- São apenas precauções para a segurança de minha esposa e a minha – ela retruca, mantendo a postura resoluta.

A tensão entre os dois é palpável, quase como uma corda prestes a se partir. Engfa sabe que, se não for cuidadosa, pode arriscar tudo.

- E quanto a você, Senhor Yang? – ela continua, com uma calma quase desafiadora – Está disposto a garantir que nada de pior aconteça? Pois quem atacou primeiro foi o senhor e lhe garanto que não gostei dos resultados. Exatamente por isso essa minha precaução toda, espero que entenda.

Silêncio do outro lado da linha. Conseguimos ouvir sua respiração pesada, como se ele estivesse ponderando suas palavras. Não é segredo que as coisas estavam ficando mais tensas entre os dois.

- Eu não tenho intenção de agravar ainda mais essa situação, senhorita Waraha – a voz de Yang surge finalmente, grave e controlada, mas com um leve tom de ameaça subjacente. – Porém, você precisa entender que a sua precaução é, na verdade, uma provocação.

Engfa sente claramente o frio do desconforto, mas mantém a compostura. A conversa já ultrapassava os limites da cordialidade, e ela sabia que qualquer deslize poderia ser fatal. Seus dedos apertam a borda da mesa, enquanto escolhe suas palavras com a precisão de quem sabe exatamente o que está em jogo.