Capitulo V - Amor à Segunda Vista (Parte II)

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Não sei descrever o que senti quando a vi ali na sala junto com Richard, pensei que estava sonhando e depois tê-la em meus braços, sentir seu corpo junto ao meu, sentir seu calor, me conectar a ela e formamos um só, foi indescritível. Sei que pareci um louco quando a pedi em casamento nessas circunstâncias, mas como meu tempo tende a ser curto no momento não poderei me dar ao luxo de esperar os próximos acontecimentos. Não posso esperar que a morte venha até mim estando completamente sozinho em meu apartamento. Sei que eu queria afastá-la de mim, mas agora não consigo ficar distante. Estava sendo egoísta antes por querer privá-la da dor e estou sendo mais egoísta agora por querer compartilhar essa dor com ela, mas eu a amo, a amo loucamente. Para muitos, nossa história é loucura. Como pudemos nos apaixonar tão rapidamente? Mas, a única explicação que encontro é a teoria das almas gêmeas. Sempre ouvi dizer que quando nós encontramos nossa metade ocorre algo surpreendente e inexplicável. Logicamente eu tão cético como sou, nunca acreditei em uma só palavra, porém bastou ela entrar em minha sala e me olhar de uma forma que me atraía para ela para eu entender que estava perdido, sim perdidamente louco, excitado e que ela era minha, minha mulher, minha metade. Ela é a parte que faltava em mim e agora que me sinto completo mesmo que por pouco tempo, quero sentir o extremo desse sentimento que alimenta meu coração. Quero Sol ao meu lado até o fim dos meus dias e levarei esse amor comigo para onde for.

Chegamos ao bairro onde Sol reside na região do Bronx, mas uma vez ao descer do carro tenho uma plateia atenta aos meus movimentos, me dirijo para abrir a porta do carona e ajudar Sol. E então diante do prédio aparece a jovem que me ajudou da última vez em que estive aqui, foi ela que chamou Sol, que naquela noite apareceu ao lado de seu pai.

- Olá. Eu vi a movimentação dos nossos queridos vizinhos e ao olhar pela janela entendi o que chamava-lhes tanto a atenção. – Ela disse nos olhando. Sol então disse

- Gordon, essa é Estela, minha prima. Ela mora aqui no prédio

- Oi Estela, tudo bem? Não tive a oportunidade de agradecê-la da última vez em que estive aqui. – Respondi

- Tudo bem. Sempre que puder ajudar o farei. Desde que minha prima não tenha problemas, é claro. Sol é como uma irmã para mim e não gostaria de vê-la magoada se é que o senhor me entende. – Ela disse me olhando um pouco desconfiada

- Estela! – Sol chamou sua atenção, olhando-a meio sem graça. Eu então sorri e respondi

- Estela, entendo sua preocupação e quero que saiba que compartilho dela. Sol é minha prioridade agora e também não quero vê-la triste e muito menos magoada com alguma coisa

- Assim espero – ela respondeu. E continuou

- Pelo jeito de vocês, imagino que vieram conversar com meus tios. Enfim, não é da minha conta, mas Sol sabe que pode contar comigo para o que precisar.

- Obrigada Estela – Sol a abraçou.

- Estarei em meu apartamento se as coisas saírem um pouco do prumo. Não quero amedronta-lo Gordon, mas tio Noah tem um temperamento um pouco difícil – ela disse já subindo as escadas. Sol nesse momento olhou para mim e sorriu meio sem graça.

- Gordon, não me arrependo de nada do que aconteceu. Mas, conhecendo meu pai como conheço sei que ele não aceitará muito bem essa história. – Sol me disse em um tom preocupado, então peguei em sua mão esquerda e disse

- Lembra que me disse que enfrentaríamos tudo, juntos?

- Sim eu lembro – ela disse

No fim do túnel tem açúcarOnde histórias criam vida. Descubra agora