Capítulo VI - Rick (Parte V)

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Vagava pela noite, sem destino. A estrada parecia sem fim e uma Nova York noturna se desnudava aos meus olhos e apesar de todas aquelas pessoas que andavam tão absortas aos detalhes eu percebia que independente de qualquer coisa, nada ali fazia sentido, eu não fazia parte de nada, de nada.

Eu apenas sentia a inesgotável sensação de que logo tudo se esclareceria aos meus olhos. Apenas, não contava que ao dobrar uma esquina dirigindo meu Alfa Romeo GTV, teria uma surpresa e tanto.

Um homem negro aparentemente drogado, pois cambaleava muito, saiu abruptamente de um dos becos e antes que eu pudesse frear acabei vendo seu corpo ser lançado a poucos metros a frente.

Desci do carro e corri ao seu socorro, chegando mais perto percebi que se tratava de um jovem e pedia em sussurro

- Me ajude, me ajude, por favor

Eu perguntei seu nome e ele respondeu:

- Rick, sou Rick. É o que precisa saber

Quando estava pegando meu celular para ligar para a emergência, ele segurou minha mão e olhando profundamente em meus olhos, disse

- Por favor, não chame a polícia

Pensei ter sido loucura descer do carro e vir ao seu encontro, mas o mais estranho era o fato de eu não sentir medo algum. E sem perceber ele segurava a minha mão e perguntou

- Como se chama?

Se alguém sabe o que é estar em encrenca, esse alguém sou eu. Graças a um grande amigo não fui notícia nas primeiras páginas policiais. Fiz muita besteira e sei o quanto isso pode destruir uma pessoa. Chegou a minha vez de ajudar. Mesmo relutante em revelar minha identidade, me vi dizendo:

- Sou Martina Carlson e irei ajudá-lo Rick


No fim do túnel tem açúcarOnde histórias criam vida. Descubra agora