Capítulo 6

85 3 0
                                    

- Vó?
- Oi, minha filha?
- O vô chega que horas?
- Não sei... o horário do fim do expediente dele está indefinido... as vezes ele chega cedo, as vezes chega tarde. Se ele não chegou até agora, só a noite.
- Ah... não vou conseguir vê-lo, então, porque não posso ficar até tarde aqui. Em falar nisso, que horas são?
- Quatro da tarde.
Nossa, fiquei tão entretida com os filmes, que nem percebi o horário.
- Daqui a pouco tenho que ir embora, vó.
- Ok...
Sorrio pra ela, e seguro tua mão, voltando a atenção pra televisão.
Ergo o olhar, e olho no relógio. Vinte pra cinco, caramba.
- Vó, tenho que ir.
- Ah, tá... aparece mais vezes aqui, Cla, tua companhia é boa. E leva um pouco de comida pra jantar, assim não tem que ficar na cozinha.
- Ok.
Me levanto, e dou um beijo na bochecha dela. Pego meu celular, disco o número de um táxi, e dou o endereço. Pego minhas coisas, pego a vasilha com comida, me despeço da minha avó, e vou pra fora, pra esperar o carro, que logo chega. Entro, e bato a porta, enquanto aceno para vovó. Vou o caminho todo em silêncio, com os olhos fechados e a cabeça apoiada na janela.
Quando o motorista estaciona na frente de casa, pego o dinheiro na carteira, e o pago, saindo em seguida. Pego a chave de casa na bolsa, e ponho na fechadura. Giro, e abro a porta, entrando em casa, e fechando a porta em seguida. Solto a bolsa no sofá, e suspiro. Subo as escadas, e vou ao meu quarto. Retiro a roupa, coloco no cesto de roupa suja, e visto um maiô. Desço novamente, e me dirijo até o fundo de casa. Retiro o plástico da piscina, dobro, e deixo de lado. Vou até a escada da piscina, e me sento, sentindo a água bater em meu corpo.
Desço os degraus da escada, puxo ar, e mergulho. Vou até o outro lado da piscina mergulhando, e subo, respirando fundo. Passo as mãos no rosto, retirando a água. Me jogo de costas, e boio. Fecho os olhos, e deixo a água me mexer.
Fico na piscina por mais um tempo, e saio. Pego uma toalha em um armário, e me enxugo, enrolando a toalha em meu corpo logo em seguida.
Entro em casa, e vou direto pro banheiro do meu quarto. Tiro o maiô, e entro no box, ligando o chuveiro. Me lavo duas vezes com sabonete, e desligo o chuveiro enquanto puxo a toalha. Me enxugo, e enrolo a toalha em meu corpo. Saio do banheiro, e me direciono ao guarda-roupas. Visto uma camisola rosada, e calço meus chinelos. Penteio os cabelos, e desço.
Pego meu celular que apitou na bolsa, e leio a mensagem que o Kaleb mandou.
"Clarie?"
"Oi."
"Você gosta de lasanha de quatro queijos?"
"Amo, por que?"
"Minha mãe vai fazer amanhã. Você vem, né?"
"Vou."
"Hum, ok. O que a belíssima moça faz no momento?"
"Conversando com um cara chato chamado Kaleb?"
"Ei, eu não sou chato, ao contrário, sou legal."
"Aham."
Vejo que ele ficou offline, e bloqueio a tela do celular. Ando em passos largos até a cozinha, e solto o aparelho no balcão. Pego a vasilha com a comida que minha avó misturou, e ponho pra esquentar no microondas. Enquanto espero, pego talheres, um prato, e encho o copo com suco de morango com abacaxi. Pego a vasilha no microondas, e passo a comida pro prato. Deixo a vasilha na pia, e me sento em um banco perto do balcão. Puxo o prato, os talheres, e encho o garfo com comida, levando a boca em seguida.
--------------- / ---------------
Depois de jantar, e limpar a cozinha, volto pra sala. Me deito no sofá, e acendo a tela do celular, vendo que há uma mensagem do Kaleb.
"Sou bem legal sim, ao contrário de você. Ah, e vem bem arrumada, porque vem toda a família, e eles são uns nojentos que não podem ver uma pessoa com roupas simples, que vira motivo pra críticas."
"Hum... ok."
"Tenho que ir tomar banho, Clarie."
"Nove e meia da noite, e você não tomou banho?"
"Não."
"Porco."
"Você."
"Eu já tomei banho."
"Ah, tá. Agora tchau. Esteja aqui as onze da manhã."
"Tchau. Até amanhã."
Ele não responde, e fica offline. Ligo a televisão, e ponho em um filme. Os vingadores.
Assisto o filme até o final, e quando vejo são onze horas. Desligo a televisão, e subo. Ponho o celular pra carregar, escovo os dentes, e me deito na cama, adormecendo rápido.
Abro os olhos após escutar o despertador tocar. Olho o relógio, e vejo que são dez horas. Me levanto, e ando até o banheiro me espreguiçando. Me despido, e ligo o chuveiro, entrando em seguida.
Após um banho de quase meia hora, saio do banheiro enrolada na toalha, e vou pra perto do guarda-roupas. Ponho no corpo uma saia de crochê rodada preta até o meio das coxas, com uma blusinha fina branca. Ponho saltos brancos nos pés, e arrumo meu cabelo com uma tiara que contém uma flor vermelha no canto. Escovo os dentes, e faço uma maquiagem média, com sombra dourada, corretivo, rímel, lápis de olho e batom rosa. Espirro perfume de cheiro suave, e ponho brincos e um colar. Passo minhas coisas para uma bolsa mais nova de couro vermelho queimado. Pego o celular, e ponho ali também. Desço as escadas vagarosamente, e vou na cozinha. Bebo um gole de água, e como uma barra de cereal. Olho o relógio, vinte pras onze. Me dirijo até o telefone, e disco o número do táxi. Dou o endereço de casa, e desligo. Vou pra fora, e tranco. Aguardo o táxi, que logo estaciona na frente de casa. Entro na porta de trás, e digo o endereço ao motorista, que acelera.
Depois de mais de 15 minutos olhando pro relógio, o motorista estaciona na frente da casa do Kaleb. O pago, e desço rapidamente. Toco a campanhia, e aguardo. Logo abrem a porta. Olho pra baixo, e vejo o Kaleb.
- Clarie!
- Oi, Kaleb.
Ele está tão lindo, vestido em uma roupa social preta, os cabelos bagunçados.
- Entra, Clarie.
Ele vai pra trás, me dando passagem. Entro, e Kaleb fecha a porta. Uma garota mais alta que eu, com peitos que parecem mais duas melancias, e vestida em um vestido que lhe dá a aparência de mulher vulgar aparece.
- Essa é a garota, Kaleb?
- Sim, Marcele.
- Já arrumou melhores, e, pra tua sorte, há uma aqui pronta pra você.
A voz fina dela já me irritou.
- Ela é minha prima...
Kaleb sussurra.
- Hum... já vi primas menos atiradas também, Marcele!
E saio de perto.

A força do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora