Capítulo 41 - Clarie

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 Vou até a cozinha, tomo um pouco de água e volto à sala. Pego o controle da televisão, sento na poltrona e ligo a TV. Coloco em um telecine e está passando um filme. Frozen, acho que é isso. Como não assisti antes, presto atenção. Assisto concentrada, até escutar a voz do Kaleb baixa. Olho pra ele, que ainda está de olhos fechados.

 — Oi, meu amor. - digo
levantando

 Abaixo ao lado dele e encosto nossos lábios. Depois levanto a cabeça novamente e o olho.

 — Você está melhor?

Ele discorda com a cabeça. Passo minha mão em seu rosto quente e suado e sorrio fraco.

 —Vamos tomar um banho, Kaleb.

 — Não... 

 — Sim.

 Ele revira os olhos. O ignoro e ando até a cadeira de rodas. A levo até perto do sofá e ajudo o Kaleb a sentar, e logo em seguida a passar pra ela. O ajeito nela e passo empurrando-a pelo corredor. Abro a porta e adentro com ela no quarto. Ando calmamente até o banheiro, ajudo-o a se despir e depois a entrar embaixo do chuveiro.

  — Eu já volto. Vou pegar sua roupa. 

 Saio do banheiro, pego uma roupa qualquer e volto. O ajudo no banho — como faço todas as vezes —, pego a toalha dele e seco ele, colocando a roupa que peguei em seu corpo logo em seguida. Levo Kaleb na cadeira de rodas até fora do banheiro e o deixo perto da cama.

— Minha bexiga está apertando, já volto. 

 Ando rapidamente até o banheiro, abaixo meu short e me sento no vaso sanitário. Solto o líquido que permanecia em minha bexiga, ficando mais aliviada. Quando termino, me limpo e levanto. Subo o short, fecho o zíper e depois os botões. Aperto a descarga, lavo minhas mãos e saio. O Kaleb está deitado na cama. Dormindo, de novo. Ele é tão, sabe, tão calmo e ao mesmo tão inquieto. Tão lindo, tão meu. Não sei nem como agradecer a Deus por ter colocado-o em minha vida. Percebo que estou sorrindo e balanço a cabeça. Deito ao lado dele e o abraço, sentindo meu corpo esquentar e ele se soltar. Aproximo meus lábios da orelha dele

  — Eu te amo muito. - digo tão baixo que acho que ele não escutou, mas não custa nada falar isso, já que é o que eu sinto.

 Adormeço abraçada a ele.

 Acordo abraçada em algo. Abro os olhos e vejo que é... um travesseiro? Cade o Kaleb?

— Kaleb? 

— Eu to aqui.

 Dou um pulo e olho pra porta

— Ah.

Ele se aproxima de mim e me dá um beijo calmo.

— Eu ouvi o seu eu te amo. E eu também te amo.

— Fofo, lindo, maravilhoso. Eu te amo mais.

— Sem essas discussões clichês, por favor.

— Até que eu concordo com você. Isso é coisa de criança. - digo, rindo

Ele ri também e me dá um selinho.

A força do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora