Kaleb me olha e sorri.
- Isso é bom. Continua. - ele fala, pegando minha mão e pondo no cabelo dele novamente
Dou risada e passo meus dedos entre os fios de cabelo dele. Desvio a atenção pra televisão e assisto um pouco do que passa.
Reparo que ele mudou de canal e agora está passando Sempre ao seu lado. Deixo de fazer cafuné e abraço-o. Ele me aperta em seus braços e ficamos assim.
Quando o cara morre, coloco meu rosto na curva do pescoço do Kaleb com os olhos encharcados.
- Que foi, linda?
- Por que ele tem que morrer? - digo e soluço
Ele ri e pega em meu rosto. Encosta nossos narizes e sorri.
- Eu amo esse teu jeitinho meigo e que chora por tudo, inclusive por um filme.
- Mas ele morreu, amor... por que em todo filme bonito alguém morre?
- Porque é pra dar um incentivo às pessoas, Clarie. É pra ensinar as pessoas, entende?
Assinto e o aperto.
- Obrigada por ter entrado na minha vida.
- Eu que te agradeço, minha ruivinha linda.
Escondo meu rosto no pescoço do Kaleb novamente e suspiro. Ele se contrai e ri.
- Faz cócegas.
Dou risada e faço isso novamente
- Para.
Faço cócegas na barriga dele e ele se contorce, tentando se desvencilhar das minhas mãos
- Clarie, para. - e ri - para, para, para!
Gargalho com ele e paro.
- Minha vez, neguinha.
- Não, não, não!
Levanto rápido e vou pra trás do sofá
- Vem aqui. - ele sorri
- Vem me pegar, branquelo.
Saio correndo e ele vem atrás
- Volta aqui!
- Nuncaaaa!
Entro no quarto e fecho a porta
- Ei, você tem vantagem por não estar numa cadeira de rodas!
- Desiste, você não vai fazer cócegas em mim.
- Abre aqui, ruivinha.
Abro devagar e recuo enquanto ele se aproxima. Caio na cama e ele para perto de mim. Sinto suas mãos nas laterais do meu corpo e me contorço rindo.
- Kaleeeeeb, para!
Ele para e passa pra cama
- Pra você aprender.
Gargalho
- Vai me fazer cócegas de novo?
Assinto
- Certeza?
Assinto novamente
- Olha que eu faço em você, hein. Pensa bem. Vai me fazer cócegas de novo? - fala levantando as mãos
- Não. - falo já rindo
- Bom mesmo. - fala fazendo cara de mal
Aponto pra cara dele e gargalho. Ele me olha confuso mas logo ri também
Seguro a mão dele e encosto nossas testas
- Te amo. - digo me recompondo
- Te amo. - ele diz e suspira
VOCÊ ESTÁ LENDO
A força do amor
AcakClarie, uma jovem de 16 anos que, apos 1 ano da perda dos pais, e descobrir ter um câncer incurável, decide, agora, frequentar um grupo de apoio. As reuniões do grupo, cujas são permitidas a entrada de pessoas com qualquer tipo de deficiência e doen...