Capítulo 3 - Mia Amorim

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Capítulo 3- Mia Amorim

O clique da porta se fechando me tira do meu transe , o som do seu sapato batendo contra o chão e sua respiração contra meu pescoço me arrepiou inteira. Sinto meu corpo tremer , a porta se abre novamente e sou arrancada dos meus pés e arrastada. O aperto sobre o meu braço me irrita, tento me soltar mais não consigo. Bufo irritada, a mão grande em torno do meu braço me puxa e me aperta mais, tenho certeza que ficará a marca. Sempre odiei o meu tom de pele.

Nós paramos, sinto o vento gelar minha pele, presumo que estamos fora da "Boate". Ouso o som de um carro parando e de dois caras conversando baixinho.

Sou arrastada de novo , talvez para a minha morte iminente. Tenho tanto a viver, mas, não estou fazendo isso por mim. Sim, pela minha querida mãe. Depois do que eu fiz para ela tudo que posso é recompensa—lá. Ouço a porta do carro se abrir.

—Vamos logo, Carl. Não tenho a noite toda. -— uma voz grossa, provavelmente a mesma voz que falou no leilão. A voz da pessoa que me comprou como sua escrava sexual. A pessoa que agora eu pertenço, como um animal, como uma joia que foi leiloada. Arrastadas em poucos passos sou jogada dentro do carro, apesar de não poder ver, sinto o cheio de um perfume caro, banco de couro macio, o carro parecia grande. A porta fecha logo depois de eu entrar, o carro logo está em movimento, sinto que a pessoa ao meu lado esta olhando para mim, o que é muito esquisito, Uma mão com dedos grossos passa pelo meu braço imitindo arrepios por todo meu corpo, estremeço e ele percebe mas não se afasta pelo contrário, sua mão sobe ate meu pescoço, passar por meus cabelos, enfia seus dedos pelos meus fios ruivos e agarra puxando para trás deixando meu pescoço livre, sinto quando ele muda para mais perto de mim, seu hálito é quente contra o meu ouvido quando ele fala:

— Não tenha medo, querida. Não agora pelo menos, — ele aperta sua mão mais em torno do meu cabelo, estremeço com a dor. Ele parece gostar, porque ele dá uma pequena risada. — Guarde seu medo para mais tarde, quando eu estiver sozinho com você, não irá ter ninguém para ouvir seus gritos de medo... E mesmo que alguém ouça, você é minha, minha propriedade. Tenho um papel para comprovar isso, eu paguei por você, como uma mercadoria, ou melhor, minha escrava sexual virgem.

Ele me libera do seu aperto, e se moveu ate seu lugar. Acho que eu estou fudida, ele provavelmente vai transar comigo e depois me matar ou pior ele vai me deixar presa sem comida e sem aguá me usando só para se esvaziar.

A viajem de carro não demora muito, e logo a porta é aberta e como sempre sou arrastada para fora do carro, assim que estabilizo meus pés no chão eu puxo meu braço do seu aperto.

—Eu sei andar muito bem sozinha, não preciso ser arrastada Ogro. — Ouço um fundo suspiro, a pessoa pega meu braço novamente, ainda mais apertado do que antes, sendo impossível tirar meu braço. Com um suspiro de derrota sou arrastada novamente. Tropeço em meus chinelos, pois o cara está andando rápido demais, apesar de ser um pouco alta, ele provavelmente deveria ter o dobro do meu tamanho e largura.

— Escadas. — É só isso que ele fala, antes de me arrastar para cima, mesmo tropeçando em alguns degraus subo tranquilamente, assim que chego ao topo sinto o ar gelado do ar-condicionado, isso é um avião?

— É um avião? — O cara não responte então fixo os meus pés no chão, ele me puxa mais fixo minhas mãos na lateral de uma porta, a porta de um avião. Vão me levar para um país desconhecido onde vão me abrir e tirar todos os meus órgãos para vender. Agora que não vou mesmo. — Não vou .

—Anda logo moça, se ele vir aqui será pior eu não quero te machucar, mas ele? É o que ele mais gosta, de machucar qualquer pessoa. Vamos, até onde eu posso estar com você, estará segura. — Fala rapidamente.

Mia -  Vende-se Virgem- Trilogia Beast - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora