Não acredito!

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Por Katniss

Depois de ouvir as palavras de Peeta de que não me deixaria para sempre, me lembrei de meu pai e desmoronei.

-Katniss, por que ta chorando? Eu falei algo errado? -Ele questiona.

-Não, mas a última pessoa que me prometeu isso me deixou, num acidente de carro! -Digo e já não tento mas conter as lágrimas.

-Sinto muito... -Ele diz e me abraça.

Fico abraçada a seu corpo e sinto um frio me percorrer. Quando me acalmo (finalmente) me separo de seu corpo e me enrolo rapidamente na toalha.

-Licença! -Ele diz indo pra porta pra me dar privacidade (acho que ele nunca mas irá me constranger ou até mesmo me tocar intimamente depois de ter ouvido tudo o que aquele idiota fez).

-Espera! -Ele para ainda de cotas. -Onde você vai?

-Te espero lá embaixo... -Ele diz e da um passo para sair.

-Não! Fica aqui! -Ele se vira pra me olhar. -Você disse sempre!

-Eu sei, mas você tem que se arrumar. -Ele dá desculpas.

-Mas você pode ficar, não quero ficar sozinha! É só você ficar de costas... -Ele me olha mais uma vez, entra e fica de costas.

Coloco minha calcinha e meu sutiã preto. Procuro minha bolsa de roupas novas e não acho, devo ter deixado cair lá embaixo quando entrei...

-Vem! -Mas ordeno do que peço.

-Onde? -Ele me olha intrigado e logo desvia o olhar ao perceber que estou seminua.

-Acho que deixei minhas roupas novas lá embaixo.

-Eu pego... -Ele diz já saindo parecendo desesperado.

Logo ele volta com uma bolsa e me entrega. Sem encarar meu olhos e corpo.

-Peeta! -Lamento.

-Oi! -Ele responde sem me olhar.

-Se eu soubesse que ficaria assim não teria contado... -Digo angustiada.

-Desculpa, não posso conter! -Ele me olha com dificuldade desta vez.

-Não vai mais me tocar ne? -Pergunto com medo da resposta.

Ele se aproxima e toca meus cabelos...

-Você entendeu o que eu quis dizer! -Digo o olhando mas ele desvia o olhar.

-Preciso ir me arrumar... -Ele diz e sai antes que eu possa dizer qualquer coisa.

Coloco minhas roupas novas rapidamente e desfaço o coque de meus cabelos. Eles ficam ondulados então os deixo dessa forma. Passo perfume, calço meu vans novo e vou a procura de Peeta. Entro em seu quarto e o vejo com a toalha enrolada na cintura, mas dessa vez por algum motivo não sinto constrangimento (como sempre), apenas desejo...

Me aproximo e toco seu rosto e percebo seus olhos tristes.

-Não faz isso. Eu to aqui, to bem, e te amo! Você foi o único que me tocou de todas as formas...

-É isso que me faz sentir culpa. Na sua primeira vez você estava completamente bêbada e na segunda, drogada. Como quer que eu fique?

-Não foi sua culpa. E foi sua primeira vez também...

-Sim, mas eu podia ter te contido e me contido também...

-Não! Não podia, eu queria. Disso eu me lembro muito bem! Eu já te desejava! A não ser que você que não queria, acho que te forcei...

Jogos Vorazes - Inimigos ou AmantesOnde histórias criam vida. Descubra agora