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Luara

Acordei com luzes brancas no meu rosto, percebi que estava em um hospital, a sala vazia, um silêncio mortal.

— Vejo que acordou senhorita. — Um medico todo sorridente entrou.

— Cade minha mãe? Como cheguei aqui? — Ele respirou fundo.

— Você foi espancada e ficou inconsciente, um morador local te achou e lhe trouxe. — concordei com a cabeça. — Quer que eu ligue a TV? — Fiz que sim com a cabeça.

Estava passando jornal regional.

"Dois rapazes foram mortos em um beco nessa madrugada".

Senti um frio na barriga.

— Foi ele! — Sussurrei.

Já se passaram uma semana desde o acontecido no beco, só falava disso nos jornais, e na escola ele continuava sentado no seu lugar friamente, as vezes ele me olhava mais sua expressão era sempre a mesma, ele não sentia nem um pouco de medo do que poderia lhe acontecer.
Já era noite e estava sozinha em casa, como não tinha comida pronta eu resolvi ir no mercadinho na esquina comprar um miojo, assim que voltava ouvi passos e logo uma voz rouca bastante familiar .

— Sabia que é perigoso andar sozinha numa hora dessas? — Ele me olhou e sorriu.

— O pior que poderia acontecer é aparecer alguem como você. — Rimos e continuamos caminhando.

— Ainda não fomos apresentados né? - Ele para na minha frente quando chegamos em minha casa. — Pedro. — Ele estende a mão e eu estendo a minha, em seguida vai ate ela e beija. — O psicopata. — Sussurra e rimos.

— Luara. — O encaro por um tempo. - A suicida. — Sua expressão muda por um tempo.

— Nunca imaginei que conheceria alguem que quer morrer pra não sofrer. Na minha cabeça eu teria que matar as pessoas para ajuda-las a sair desse mundo imperfeito. — Eu sorri.

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora