21

15.4K 1.2K 56
                                    

Luara

Esperamos ali atrás das grades alguns minutos, observei se não tinha ninguém e se já podíamos sair. Levei Pedro pra minha casa para sua própria segurança, ele resmungo um pouco mais acabou aceitando pois quem quer que esteja atrás dele sabia seu endereço.
Coloquei ele na minha cama e o observei por um tempo, ele estava muito machucado.

— Temos que curar essas feridas — Ele nega com a cabeça e finjo não perceber, vou até a prateleira do banheiro e pego alguns curativos. — Tire... A blusa... Por favor? — Pedi meio sem jeito e me sentei ao seu lado, ele obedeceu.

Não conseguia tirar os olhos de seu peito nú, seus ombros largos mais relaxados, seu peito alto e comparado a um atleta, fechei os olhos imaginando minha cara boba que acabei de fazer.
Comecei a passar o algodão em varias partes do seu peito onde aviam pequenos cortes e ralados, olhei em suas costas e vi um corte que não era tão pequeno assim e me assustei. Seu rosto que sempre foi liso e desprovido de espinhas ou cravos estava todo machucado, sujo de poeira de asfalto e sangue seco, senti uma imensas tristeza e uma vontade incontrolável de beija-lo novamente.
Tentei ignorar esses pensamentos e continuei limpando seus machucados.

— Quem era aquele cara? — Perguntei tentando cortar aquele clima.

— Um amigo.

— Um amigo que quase te matou? — Pergunto ironizando.

— Sim. — Senti que ele ficou incomodado com meu comentário.

— O que aconteceu entre vocês?

— Muita coisa, e a pior de todas foi a distância. — Concordei com a cabeça.

— Achei estranho quando te vi no chão, você sempre foi tão ágil, forte e determinado. O que aconteceu?

— Não é sempre que ganhamos a batalha, as vezes acontecem as derrotas Luara. — Riu. — Ele é muito melhor do que eu, sempre foi.

— Você tem medo dele?

— Não tenho medo de ninguém, o fato de ele ser mais forte não significa que devo respeita-lo e teme-lo. — Concordei com a cabeça. — Matarei quando possível, não vou me intimidar. Principalmente se ele por em risco sua vida. — Sinto um arrepio.

— Mataria ele por... Minha causa? — Com dificuldade falei, ele apenas riu.

— Sem dúvida. — Eu sorri meio sem graça. — Bom já está tarde, acredito que queira dormir. — Concordei, subi na cama e fui para um lado deixando o outro vago ja que a cama era de casal, me cobri e fiquei o observando, ele não deitou mais se aproximou de mim e ficou massageando meus cabelos. — Boa noite Lua. — Sussurrou, eu pensei em retribuir mais não deu tempo pois apaguei por completa numa velocidade imensa.

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora