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Pedro

Lua estava conseguindo dar suas primeiras palavras, aquilo era ótimo sem duvidas. Mas ainda precisava de ajuda na maioria das coisas. Era ótimo ver aquele sorriso familiar novamente.

— Pe..você... Ainda..não... Me disse quanto...tempo fiquei. Apagada. — Perguntou com sua voz falha e meio sem jeito.

— Não gosto e nem quero me lembrar. — Abaixei a cabeça.

— Por fa-vor? — Era impossível negar algo a ela, seus olhos brilhavam demais.

— Um ano e três meses. —Ela respirou fundo. — Foram os piores um ano e três meses da minha vida, você não faz ideia da luta que passei pra não deixarem desligar seus aparelhos. Tive que ameaçar os médicos. — Ela riu. — Mas agora você ta aqui, e vai se recuperar rápido. — Apoiei ao lado de sua maca.

— E minha... mãe?

— Ela sentia sua falta, dava pra perceber, quando disseram que você entraria em coma sem data de volta, ela chorou igual uma criança quando tiramos seu doce. Mas acho que com o tempo, ela perdeu as esperanças. Não a culpe, eu a entendo de alguma forma. — Ela concordou com a cabeça.

O medico entrou na sala.

— Como esta pequena Luara? Você realmente é mais forte do que imaginávamos. — Risos. —Mas seus batimentos ainda continuam fracos, vo aplicar uma pequena dose de adrenalina, e vo te deixar em observação. Se tudo correr bem, depois de amanhã você já começa a fazer fisioterapia pra recuperar os movimentos de seu corpo. — Ela sorriu e concordou com a cabeça. Ele aplicou um liquido de tom amarelado em seu soro e saiu da sala. Me aproximei dela dando um leve beijo em sua testa.

— Jaja você vai estar ótima, anjo, mas por agora descanse — Ela sorriu e fechou os olhos, acariciei seu rosto por um tempo ate perceber que ela tinha apagado por completa.

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora