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Pedro

Pedro corre! — Onde eu estava? Era um lugar lindo, eu me sentia tão em paz, a grama alta mais plana, o céu um azul infinito. E ela, sim, Luara estava e linda, com um vestido rosa que balançava com o vento, seus cabelos longos e soltos voavam.

Luara!Gritei e ela me olhou e riu.

Calma meu amor, não vou te deixar. — Ela sorria enquanto falava, olhava para o céu e girava fazendo seu vestido balançar mais e mais.

Eu te amo Lua! Corri em sua direção mais não a alcancei.

Eu também te amo Pedro!

Abri meus olhos sem entender muito o que tinha acontecido ou o que estava acontecendo.

— Calma senhor Pedro, não tente se levantar ainda. — uma enfermeira baixa e gordinha sorriu ao me ver acordado.

— O que aconteceu? — Ela suspirou fundo

— Sua pressão corporal de novo. Essa é a sétima vez que sua pressão cai e você desmaia, não quero te preocupar mais, só que como você pretende viver até esperar pela Lua? Já faz um ano que ela entrou em coma, e desde que isso aconteceu você não se cuida, me responde qual foi a última vez que tomou um banho descente? — Com o meu silêncio ela prosseguiu. — Sua pressão esta baixa, esta entrando em fase de desnutrição, anemia profunda, pele pálida e olhos tão fundos quanto os de Luara. — Viro o rosto na esperança dela parar de falar — Meu querido, você tem que ser forte por si mesmo e pela Luara. E se ela acordar e descobrir que você esta morto? É meu último aviso, okay? — Ela termina e sai dá sala.

Viro para o outro lado na cama, eu estava completamente sem forças para levantar. Eu queria ir lá dar um "Bom dia" a Lua, mas a enfermeira estava certa, eu tinha que me recuperar primeiro. Não quero que a Luara sofra quando acordar e saber não estou mais aqui pra ela.

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora