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Pedro

Fiquei observando enquanto Luara dormia profundamente, ela se mexeu mudando um pouco sua posição deixando seus pulsos a mostra e sem movimentos bruscos puxei seu braço e pude observar que os cortes estavam com as cicatrizes secas, soltei um leve sorriso admirado. Ela não estava se cortando e aquilo era ótimo.
Lembrei-me do acontecido e de alguns cortes que ainda ardiam, senti muita raiva e olhando Luara dormir toda tranquila e com a maior inocência do mundo, me fez querer mata-lo, temia o que ele podia fazer se a encontrasse.
Dei um beijo em sua testa e fui em direção a janela e a pulei sem dificuldades, olhei a hora 04:38 da manhã, era hora de agir.
As neblinas cobriam quase todo o lugar, mal via coisas que provavelmente não estavam nem a 3 metros de distância, olhei em cada canto a procura de algum rastro e inclusive no mesmo lugar onde fui pego. Mas nada, ele era mesmo como um fantasma aparecia quando queria e sumia da mesma forma sem deixar um farelo para trás.

Você não pode ter ido longe. — Pensei.

— Sabia que você voltaria brother. — Uma voz soou atrás de mim.

— Sentiu minha falta? — Sorrio irônico.

— Você não faz ideia. — Me virei, Gustavo estava atrás de mim a uns 2 metros.

— Vai terminar seu serviço? — Estendi os braços para ser examinado. —Estou a seu dispor. — Ele riu.

— Não vou mata-lo, ainda, vou brincar um pouco. —Ergui uma das sobrancelhas.

— Adoro brincar.

— Você sabe o que aconteceu comigo depois que me abandonou? — Neguei. — Claro, como iria saber, você não estava lá não é? O Poderoso Pedro Padalecki, o verdadeiro psicopata ou serial killer como queira. Quantas mortes já foram meu caro amigo? 10, 20...?


— E você, quantas pessoas morreram em suas mãos? E seus pais? Tem justificativa para fazer tal ato? — Pude a raiva em seus olhos.

— Isso importa? Olha pra você!

— Lembra daquela moça bonita, cabelos castanhos e de um sorriso encantador? Ela estava grávida.

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— E eu com isso? Você dizia que queria que todos morressem, ia poupar a vida daquela vadia só porque estava grávida? Que se dane ela e o monstrinho em sua barriga. — Abaixei minha cabeça e foquei o chão, queria que ele morresse.

— Por que resolveu aparecer agora? — Tentei manter a maior calma possível.

— Vim cobrar o que me deve amigo.

— Não te devo nada! — Fechei a mão.

— Ai que você se engana. Você me deve, e muito.

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora