Ele psicopata, ela suicida

08

Pedro

O sinal bateu para voltar para sala, todos foram entrando e logo Luara entro toda estranha, ela se sentou no fundo e não demonstrou muita afinidade.

— Gente hoje na nossa aula de filosofia falaremos sobre Anaxímenes, um discípulo de Anaximandro, ele concordava que a origem de todas as coisas era indeterminada como havia aprendido, mas para ele o "ar" que realmente dava origem a todas as coisas. Vamos aprofundar mais nosso conhecimento na página 172 dos seus livros de filosofia — Vi todos abrindo a  página do livro, inclusive Luara então lembrei que não havia pegado livro. Levantei o dedo e o professor veio até mim.

— Professor comecei a estudar aqui essa semana, e ainda não tenho todos os livros.

— Tudo bem, sente-se com algum colega, mas trate de pegar o livro. — Concordei com a cabeça e olhei pra Luara que estava concentrada no livro, vi uma carteira vazia em sua frente e fui em direção a ela, a arrastei-a colocando ao lado da mesa da Lua que se assustou ao me ver.

— Não tenho livro. — Ela sorriu de canto e coloco seu livro no meio da mesa.

O professor saiu da sala.

— Preciso mesmo falar com você. — Eu concordei com a cabeça, ela respirou fundo e continuou — Sabe a Bárbara Avellar? — Neguei com a cabeça, ela me mostrou uma garota alta, de pele morena, cabelos curtos e vermelhos, roupas extravagantes e chamativas, algo que chamaria a atenção de um garoto não despertou nem um pouco de desejo em mim. Ela percebeu que eu a observava, me olhou e mandou beijo.

— O que tem ela? — Perguntei sem a mínima vontade de saber.

— Ela está afim de você. — Olhei para a Lua que estava com a cabeça abaixada. — E me mandou afastar, disse que você é dela e me quer longe.

— Vermelho é cor de sangue. — Ela riu. — Ela deixa muito a mostra seus pontos fracos, apesar da pele morena sua veia verde quase salta do pescoço.

— Você a mataria? — Sorri e encostei na cadeira cruzando os braços.

— Se ela encostar em você, sim. — Ela corou e abaixou a cabeça de vergonha.