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Luara

Já se passaram quatro dias que não Não via Pedro, e hoje não foi diferente pois não o vi o dia todo, tentei por diversas vezes ligar para ele mais sempre caia na caixa postal. Já estava ficando super preocupada e imaginando o pior.

Pedro morreu... Pedro morreu... Morra também...

Girei de um lado para o outro no meu quarto com as mãos na orelha tentando evitar a entrada de som mais nada de nada adiantava. Me apoiei na janela do meu quarto e fiquei olhando para a lua que estava crescendo, batia um vento gelado em meu rosto o que me alegrava bastante e por um instante me imaginei longe daqui, longe de toda essa bagunça.
Foi quando vi uma sobra ou um vulto, desci da janela e corri até a porta de entrada na esperança de ser Pedro.

— Pedro? — Chamei, sem resposta. — Pedro é você? — Tentei novamente e senti alguém atrás de mim, não tive tempo de me virar e a pessoa coloco um pano com algo no meu nariz e em questão de segundos eu apaguei.

............

Meu corpo dói, minha cabeça lateja. Não estou em casa, onde estou?
Olho em volta e minha única visão cores cinzas, paredes desbotadas e consumidas pelo abandono. Tento forçar minha vista e percebi que não havia paredes e apenas colunas de sustentação, mais em volta havia tijolos e muita sujeira, lembrei-me de um prédio abandonado que tinha no centro da cidade a onde eu passei varias vezes e xingava mentalmente o descaso como é gastado todo o dinheiro publico.

— Acordada princesinha. — Risos e um cara apareceu em minha frente.

- Você? — Me recordo em ter visto seu rosto na escola. Não era uma ilusão. — Quem é você?

— Ninguém de importante, ainda não consigo intender o que Pedro viu em você, mas gosto não se discute certo? — continuava a rir.

— Onde está Pedro?

— Não se preocupe com ele, preocupe-se com você! — Ele foi até uma pilha de telhas velhas e pegou algo que parecia uma faca, um liquido escuro e oleoso escorreu até a ponta dela e esticou-se até pingar no chão, sangue! Ele então se aproximou e se ajoelhou em minha frente com um largo sorriso nos lábios. — Acho que teremos uma longa noite pela frente — Risos, ele começou a passar a faca em minha bochecha me sujando de um sangue que nem era meu, aquilo era nojento, eu sentia muito medo do que podia acontecer e ainda conseguia pensar o que tinha acontecido com Pedro.

— Socorro!! — Gritei, mesmo sabendo que ninguém me escutaria, o prédio possuía 6 andares e não sabia em qual deles a gente estava.

— Não grita fofinha, colabore por favor e prometo ser rápido com isso. — Minha respiração estava. acelerada, eu chorava muito e estava extremamente apavorada.

— Por que está fazendo isso comigo? O que eu fiz pra você? Quem é você? — Ele se afastou, puxou uma caixa de madeira e sentou em cima virado para mim.

— Desculpa gracinha, não leve pro lado pessoal, isso não tem haver com você, tem haver com Pedro.

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora