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Pedro

Já se passaram 6 meses, Luara ainda estava sem nenhum sinal de vida, ve-la naquele estado poderia dar um choque até mesmo em quem tinha o coração mais frio e obscuro.
Eu sinceramente? Não tenho mais esperanças que ela vá acordar. Mas não posso sair de perto dela, os médicos querem desligar os aparelhos e não posso permitir.
Sentado no único sofazinho que tinha na sala a quem passei os últimos meses dormindo. Implorava por um Deus que todos aclamavam. Eram meus últimos pedidos.
No mesmo instante a mãe de Luara entrou com um jeito estranho, ela não estava tão vulnerável quanto a meses atrás. Junto com ela três médicos entraram o que me fez levantar.

— O que está acontecendo aqui? — Perguntei.

— Recebemos a autorização que precisávamos para desligar os aparelhos de Luara Elisabeth Hunter.

— Quem autorizou? — Gritei.

— Eu! — Imediatamente olhei para ela. Senti um ódio tremendo por isso. — Aceite garoto, Luara esta morta, deixa ela descansar. Ela nunca vai acordar! — Abaixei a cabeça forçando não chorar.

— Se alguém encostar nela... Morre! — Sussurrei o mais calmo que pude. Todos se espantaram e ficaram em silêncio.

— Mas temos um mandato para desligar. Se não for hoje um dia será, ela não vai acordar. Aceite garoto! — Um dos médicos alegou.

— Se encostar nela, será o primeiro a morrer — Levantei a cabeça devagar os encarando — Saiam daqui agora, ninguém vai matar ela! Ninguém! — Gritei e joguei uma cadeira na direção deles. Com o espanto todos sairam correndo fechando a porta.

Ainda chorando muito, me aproximei de Luara e me sentei ao seu lado. Acariciei seus cabelos e alisei seu rosto, ela era tão linda.

— Não vou deixar mais ninguém machuca você de novo, anjo. Eu prometo! —Dei um beijo em sua testa. — Você vai acordar, eu sei que vai...

Ele psicopata, ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora