41 CAPÍTULO

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Eu estava tão ansiosa e ao mesmo tempo, tão nervosa. Essa é a primeira viagem que eu faço sem a minha mãe.

Acordei cedo e arrumei minhas malas, tomei banho e fui tomar café da manhã com a minha mãe. Eu, Henrique, Arthur e Vitória decidimos de nos encontrar no aeroporto e almoçaríamos por lá.

-Adivinha quem vai viajar hoje?-digo à minha mãe.

-Se você ficar se achando eu cancelo tudo.-ela respondeu e nós rimos.

Sentiria saudades da minha mãe. Eu sei que pode parecer exagero mais sei lá, vai ser estranho acordar e não tiver ninguém para me preparar panquecas ou lavar uma simples maçã.

-Vamos dona Clara. Você não quer se atrasar, ou quer?-disse minha mãe em um tom brincalhão.

Peguei tudo o que tinha que pegar. Escrevi até em um papel um comunicado importante:

"Não esquecer o carregado, fone de ouvindo e, principalmente, o celular."

(...)

Chegamos ao aeroporto e avistei Arthur, Henrique e Vitória, por impulso fui abraçá-los, mais sempre começava por Henrique, mas esse eu cometi um pequeno engano.

-Ei!-disse Henrique aparentemente bravo.-O primeiro abraço sempre é meu.-diz me olhando abrasar o Arthur.

-Parece que não é mais.-digo rindo. O rosto de Arthur se ilumina ao me ouvir dizendo isso.

Minha mãe se aproxima de nós quatro e diz:

-Hora da foto, sorriam.-ela diz e nós sorrimos.

Foram tantos flashs e tantos sorrisos que minha boca já estava doendo. E quando o nosso voo foi chamado foi um chororô só por parte da minha mãe, dizendo que se eu não atendesse o telefone quando ela ligasse, ela iria num barquinho de papel atrás de mim, fazendo eu rir até a barriga começar a doer. Me despedi dela, despachei minha mochila que não era tão grande assim.

Entrando dentro do avião, Arthur, Henrique e Vitória sentaram em uma fileira nessa ordem, Arthur na janela. Sentei atrás no banco do meu com um menino de aparentemente 7 anos sentado próximo a janela e uma senhora que estava dormindo no outro lado. O avião decolou e eu estremeço, sinceramente tenho um pouco de medo de lugares altos, na verdade, muito medo. Estava com vontade de vomitar, quando o menininho olhou para mim e sorriu.

-Quer ver uma coisa legal?-o garotinho diz e eu assento com a cabeça.-Olha.-ele falo chutando a cadeira em sua frente que é a de Arthur.

-Ai!-Arthur reclama, ele olha para trás e vê o garotinho chutando, mesmo percebendo que Arthur está olhando o menino não para de chutar.-Ei seu pestinha quer para?

-Não.-diz o garoto e mostra a língua para ele me fazendo rir.

-Seu garotinho sem educação, filho da..-Arthur começa a dizer mas eu o interrompo.

-Olha a boca Arthur.-o repreendo.

-Mas foi ele que começou.-diz choramingando e apontando para o menino.

-Não interessa se foi ele que começou.-digo.

-Seu encrenqueiro.-Arthur diz para o garoto.

-Meu nome é Pedro, seu mala.-o menina que agora que eu descobri se chama Pedro se defende.

-Tanto faz.-diz Arthur virando-se para a frente.

-Seu namorado é um mala idiota.-diz Pedro para mim.

-Quem o Arthur? Não, não ele não é meu namorado.-digo.

-Azar o dele.-diz Pedro bocejando. Depois de algum tempo chutando a cadeira de Arthur ele se cansa e adormece.

-Ainda bem que o capetinha dormiu.-diz Arthur se virando para mim.

-Tadinho, não fala assim dele.-defendo o Pedrinho.-Ele é muito legal.

-E muito esperto tenho que admitir.-Arthur diz sorrindo.

-Porque diz isso?-pergunto confusa.

-Ele disse que eu sou seu namorado, ele sabe das coisas, deve prever o futuro eu creio.-diz sorrindo mais altos ainda. Quando vou me defender, ele vira para a frente me deixando pensativa.

Será que Arthur gosta mesmo de mim? Já vi ele brincar com tantas garotas, que não consigo acreditar 100% na palavra dele. E se eu confiar e sair de coração ferido, eu não mereço isso, ninguém merece. Pensar em Arthur só me deixa confusa. Eu não poso negar que não sinto nada por ele, estaria mentindo. Mais tenho medo de entregar por completo e ele ser um completo idiota como é na maioria das vezes com todas as meninas. Já vi muitas meninas saírem da cidade e irem moram com parentes por não aguentar mais olhar para ele, se humilhar e ele apenas as rejeitá-las, e eu não quero ser uma delas. Eu não estou pronta para ter um coração partido.

E se para ter ele eu precise quebrar a cara, talvez eu nunca o terei. Ou talvez o terei para a sempre, mesmo sabendo que isso vai me destruir.

Amar é se auto destruir, amar é destruir o outro junto.




LEIAM POR FAVOR:

Hey gente! Aleluia que eu publiquei né. Estou em uma correria, não tenho tempo para nada ultimamente. Se vocês perceberam eu parei de colocar esse negócio de o "nome do personagem:" eu realmente comecei a achar isso muito idiota. Vou, em pouco em pouco, corrigir isso do livro inteiro ( o livro não vai mudar, apenas vou retirar esse negócio clichê de "nome dos personagens:" e substituir por "-" (travessões)). Vai demorar um pouquinho para eu conseguir arrumar o livro inteiro. Entendam que quando eu comecei ainda não sabia muito como escrever, agora estou conseguindo ver os meu erros mais claramente, e estou concertando-os. Espero que estejam gostando, e não se acanhem em dar a suas opiniões.

Um Beijão, Maria❤️

O IRMÃO DO MEU MELHOR AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora