Eu pensei e muito, e nada fazia sentido em ir para o exterior.
Então pensei mais uma vez pela minha mãe. Ela trabalha tanto e não tem tempo de sair e conhecer algo por minha causa. O Arthur irá fazer faculdade, porque provavelmente ele passou, e não precisa de distrações. O Henrique nem falar mais comigo fala. Daniel? Desse eu quero distância.
Para todas as pessoas eu tenho um motivo, mas o do Arthur não se encaixa em minha cabeça. Não consigo me imaginar longe dele, ele é o meu ar. Tá eu sei que isso ficou meio gay. E eu sinto saudades de quem eu era, das nossas brigas bobas. Agora as coisas estão estranhas.
Tudo mudou.
Levantar para ir para a escola não foi tão fácil, nunca é mesmo.
Me arrumei como sempre, com as minhas roupas de sempre antes de tudo mudar.
Pela primeira vez percebi que o Chuck não é tão necessário, eu ainda tenho dificuldades para respirar, mas eu ando de carro sempre e quase nunca ando a pé.
Não agirei como uma maníaca doente que só fica na "deprê". Mas eu ainda preciso conversar com o meu pai sobre o assunto de ir para o exterior.
Desci as escadas devagar, porque sério, eu não preciso desmaiar e ouvir sermão da minha mãe por eu não estar usando o Chuck.
Cheguei na cozinha e fiquei escorada no batente da porta de madeira dela. Minha mãe estava falando no telefone com uma torrada na boca e e com a mão que não estava segurando o celular, segurava uma jarra de café.
Ela deixou a jarra cair no chão quando me viu.
-Cadê o Chuck?-ela me pergunta.
-Não preciso mas dele.-digo sorrindo.
-Que bom filha, mas se você passar mal por falta de ar eu não vou te levar para o hospital!-ela disse ironicamente.-Ah, você me deve uma jarra nova.
-Mãe!-digo rindo, mas nem tanto.-Tudo bem. Ah eu preciso que você me leve em um lugar depois da aula.
-Na onde?-ela pergunta curiosa.
-Depois você vai saber.-digo.-Agora vamos não quero me atrasar para a escola!
O caminho inteiro minha mãe foi me perguntando quem eu precisava visitar. E de todos os nomes que ela poderia chutes foram em apenas um. Henrique.
Pretendo falar com ele. Mas não agora. Esperar por ele vir falar comigo é como esperar que eu e Arthur termos a nossa "segunda vez".
Chegamos e minha mãe virou para eu e disse:
-Ok te dou cem reais se você me contar para onde quer que eu te leve?
-Mãe você pensa que pode me chantagear? E apenas com cem reis? Trezentos e trato feito.-digo cruzando os braços.
-Você vai acabar me falindo. E Só para você lembrar eu mando.-ela diz me entrando trezentos reais.
Chego perto do ouvido dela e sussurro o nome misterioso e caro.
-Sério? Pensei que fosse o Henrique.-diz minha mãe.
-Você sempre pensa mãe.-digo beijando a bochecha dela e saindo do carro.
-Clara sério que não precisa do Chuck?-ela pergunta enquanto eu fecho a porta.
-Eu espero que não.-respondo no exato momento que o sinal bateu.
Vou andando para a minha sala e absolutamente todos olhavam para mim. Ainda bem que faltam apenas uma semana para sair desse inferno.
Quando eu estou prestes a entrar na minha sala, uma voz de gralha insuportavelmente insuportável diz:
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O IRMÃO DO MEU MELHOR AMIGO
RomanceConta a história de Clara, uma menina linda, doce e calma, que tem um melhor amigo, Henrique, que ela adora e o irmão de Henrique, Arthur, que ela detesta com todas as forças. Esse livro pertence a mim, Maria Eduarda da Silva Coletti. E Plágio é cri...