53 CAPÍTULO

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Eu pensei e muito, e nada fazia sentido em ir para o exterior.

Então pensei mais uma vez pela minha mãe. Ela trabalha tanto e não tem tempo de sair e conhecer algo por minha causa. O Arthur irá fazer faculdade, porque provavelmente ele passou, e não precisa de distrações. O Henrique nem falar mais comigo fala. Daniel? Desse eu quero distância.

Para todas as pessoas eu tenho um motivo, mas o do Arthur não se encaixa em minha cabeça. Não consigo me imaginar longe dele, ele é o meu ar. Tá eu sei que isso ficou meio gay. E eu sinto saudades de quem eu era, das nossas brigas bobas. Agora as coisas estão estranhas.

Tudo mudou.

Levantar para ir para a escola não foi tão fácil, nunca é mesmo.

Me arrumei como sempre, com as minhas roupas de sempre antes de tudo mudar.

Pela primeira vez percebi que o Chuck não é tão  necessário, eu ainda tenho dificuldades para respirar, mas eu ando de carro sempre e quase nunca ando a pé.

Não agirei como uma maníaca doente que só fica na "deprê". Mas eu ainda preciso conversar com o meu pai sobre o assunto de ir para o exterior.

Desci as escadas devagar, porque sério, eu não preciso desmaiar e ouvir sermão da minha mãe por eu não estar usando o Chuck.

Cheguei na cozinha e fiquei escorada no batente da porta de madeira dela. Minha mãe estava falando no telefone com uma torrada na boca e e com a mão que não estava segurando o celular, segurava uma jarra de café.

Ela deixou a jarra cair no chão quando me viu.

-Cadê o Chuck?-ela me pergunta.

-Não preciso mas dele.-digo sorrindo.

-Que bom filha, mas se você passar mal por falta de ar eu não vou te levar para o hospital!-ela disse ironicamente.-Ah, você me deve uma jarra nova.

-Mãe!-digo rindo, mas nem tanto.-Tudo bem. Ah eu preciso que você me leve em um lugar depois da aula.

-Na onde?-ela pergunta curiosa.

-Depois você vai saber.-digo.-Agora vamos não quero me atrasar para a escola!

O caminho inteiro minha mãe foi me perguntando quem eu precisava visitar. E de todos os nomes que ela poderia chutes  foram em apenas um. Henrique.

Pretendo falar com ele. Mas não agora. Esperar por ele vir falar comigo é como esperar que eu e Arthur termos a nossa  "segunda vez".

Chegamos e minha mãe virou para eu e disse:

-Ok te dou cem reais se você me contar para onde quer que eu te leve?

-Mãe você pensa que pode me chantagear? E apenas com cem reis? Trezentos e trato feito.-digo cruzando os braços.

-Você vai acabar me falindo. E Só para você lembrar eu mando.-ela diz me entrando trezentos reais.

Chego perto do ouvido dela e sussurro o nome misterioso e caro.

-Sério? Pensei que fosse o Henrique.-diz minha mãe.

-Você sempre pensa mãe.-digo beijando a bochecha dela e saindo do carro.

-Clara sério que não precisa do Chuck?-ela pergunta enquanto eu fecho a porta.

-Eu espero que não.-respondo no exato momento que o sinal bateu.

Vou andando para a minha sala e absolutamente todos olhavam para mim. Ainda bem que faltam apenas uma semana para sair desse inferno.

Quando eu estou prestes a entrar na minha sala, uma voz de gralha insuportavelmente insuportável diz:

O IRMÃO DO MEU MELHOR AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora