36 CAPÍTULO

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Andamos bastante até chegar num parque de diversões. Havia um homem na frente dele, muito bem vestido por sinal, que eu concluí que nos aguardava, eu só não sei o porquê.

Clara: -O que vamos fazer aqui?

Arthur: -Nós vamos nos divertir.

Clara: -Mas está fechado, só abre a noite.

Arthur: -Não se você subornar o dono do parque para que ele abra apenas para você e para a garota que você está tentando conquistar.

Meu coração começou a bater mais forte e rápido.

Arthur: -Agora vamos.

Chegamos perto do homem e pude perceber que tinha bigode, alguns fios brancos outros pretos, era gordo e tinha olhos pretos assustadores.  Ele não me pareceu que cobraria pouco do Arthur para abrir o parque para nós dois.

Arthur: -Boa tarde Sr. Ricardo.

Ricardo: -Trouxe o dinheiro?

Arthur: -Está aqui.-disse pegando uma grande quantidade de dinheiro da carteira. E quando eu digo uma grande eu não estou brincando não.

Clara: -Arthur é sério que você quer pagar tudo isso?

Arthur: -É o mínimo que você merece.

Ele entregou o dinheiro a Ricardo.

Ricardo: -Haverá um funcionário que ligará os brinquedos e outro que vai fazer as comidas para quando vocês quiserem quando comer. Tipo algodão doce, pipoca, cachorro-quente e outras coisas. Eu preciso ir.

Eu e Arthur entramos, eu e não acredito que ele pagou um cara para poder usar seu parque de diversões só para falar comigo.

O parque estava vazio, exceto por nós e os dois funcionários.

Arthur: -Então em qual brinquedo você quer ir primeiro?

Clara: -Hummm. No bati-bati.

Arthur: -Então vamos.

Foi engraçado, Arthur sempre batia em meu carro e eu não tinha nem a capacidade de não bater nas laterais da quadra.

Depois fomos no Evolution, era um brinquedo que havia 6 cadeiras grudadas em volta de negócio que para mim parecia um canudinho muito alto e grosso. Ele girava e ficava de cabeça para baixo. A única coisa que eu fiz foi gritar e segurar a mão do Arthur.

Resolvemos ir comer. Já era a hora do almoço. Ainda bem que minha escola era integral até as 6 horas hoje por causa da volta às aulas.

Pedimos para o funcionário pipoca e cachorros-quentes. Depois pegamos sorvete de chocolate.

Eu estava tomando meu sorvete quando Arthur passou o sorvete dele no meu rosto.

Clara: -Arthur! Você me paga.-disse jogando sorvete nele.

Arthur: -A é assim.-disse ele passando mais sorvete em mim.

Clara: -Aceite que você não é pálio para mim.

Arthur: -É. Eu não sou mesmo.-me disse olhando nos olhos e chegando perto para me beijar.

Quando nossos narizes se tocaram, eu disse:

Clara: -Que tal irmos na montanha-russa.

Arthur: -Acabamos de comer.-disse ainda com nossos narizes grudados.

Clara: -É mais quem liga. Eu não me importo se você vomitar em mim, você se importa se eu vomitar em você?

Arthur: -Eu não me importo de você partir meu coração Clara! Por que me importaria com isso?! Vem vamos a montanha-russa.-disse pegando na minha mão.

Acabou que ninguém vomitou. Fomos em vários outros brinquedos. E eu não conseguia parar de rir. Arthur é uma dessas pessoas que contagia, que tem luz própria não precisa de ninguém para brilhar.

Arthur: -Vamos na roda gigante? Agora só dá para ir ir em mais um brinquedo, porque preciso te levar na hora.

Clara: -Pode ser.

Antes de subirmos na roda gigante pegamos algodão doce. Entramos na roda e sentamos um do lado do outro. O sol estava quase se pondo.

Clara: -Então o que você queria falar comigo?

Arthur: -Clara eu queria pedir desculpas.

Clara: -Pedir desculpas pelo que? Eu não deveria achar que você gosta de mim. Se eu me magoei foi por culpa minha, não sua.

Arthur: -Argh! Não Clara, eu quero te pedir desculpas por não mostrar o quanto eu gosto de você e por te magoar. Eu nunca quis te magoar, eu Te amo! E isso é estranho. Eu nunca gostei de uma garota, para mim todas foram diversão. E eu sempre brigava com você e a gente se odiava, e eu pensei que você não gostava de mim. É aquele dia na minha casa eu disse que te amava e você simplesmente não acreditou e foi embora.

Clara: -Eu não sabia que devia acreditar. Eu estava com medo de você só querer me magoar.

Arthur: -Eu nunca te magoaria. Eu te amo.

Será que eu deveria dizer também, dizer a verdade que também o amava.

Clara: -Eu também te amo Arthur.

Nos aproximamos e nos beijamos. O dia acabou da forma mais perfeita possível. Arthur me deixou na frente da escola faltando 5 minutos para as 6 horas me deu um beijo e foi embora.

O IRMÃO DO MEU MELHOR AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora