-Quando a Clara era pequena, teve um dia de piscina na creche dela. Ela comeu tanto cachorro-quente que vomitou e o dia da piscina foi totalmente arruinado e as outras crianças queriam morder ela. –contou minha mãe e Arthur gargalhou.
-Mãe! –grito da entrada da cozinha.
-Falando dela. –minha diz para Arthur e vira-se para mim. –Clara, filha querida, como foi o passeio.
-Foi muito bom. –respondo e viro-me para Arthur. –E você, o que está fazendo aqui?
-Vim ajudar sua mãe a descascar batatas e preparar o jantar. –ele levanta a faca e uma batata recém descascada para mostrar que era obvio.
-E por que?
-Isso virou um interrogatório? –ele provoca.
Cruzo meus braços para mostrar que estou com raiva. O que era aquilo? Uma comitiva para falar dos meus desastres? Eu tenho inúmeros desde que beijei Arthur pela primeira vez.
-Filha, eu convidei meu namorado para jantar aqui e te conhecer e pensei que seria mais que justo se o Arthur também viesse. –minha mãe diz e meu queixo cai.
-Você tem namorado? –perguntamos eu e meu pai ao mesmo tempo. Olho com tom acusatório para Arthur.
-Nem vem, Clarinha. –ele diz dando de ombros. –Descobri isso agorinha.
-O que? Uma mulher bonita e independente igual a mim, não pode ter um namorado? –ela pergunta com a mão na cintura.
Minha mãe tinha um namorado e Arthur soube disso antes de mim.
-Estou me sentindo traída. –aponto para Arthur. –Ele soube antes de mim.
Arthur sorri e vem ao meu encontro e me embala em seus braços me roubando um beijo.
-Aliás, dona Leandra. –ele diz quando nos separamos. –Eu posso dormir aqui de novo? Vai ficar muito tarde para eu ir para casa.
-De novo? –pergunta meu pai. –Você já dormiu aqui?
-Dormir não é bem a palavra. –Arthur diz e sorri debochado. –Vamos dizer que eu passei a noite.
Meu pai ficou em silencio por um momento e eu pensei que ele não tivesse ligado para as palavras de meu namorado, mas depois de uns minutos ele esticou as mãos para o pescoço de Arthur, gritando:
-Eu vou te matar. –eu fiquei entre ele e Arthur.
-Ele está só brincando, não está Arthur? –olho com cara bravo mostrando que era para ele confirmar a história.
-É sim, sogrinho. –ele diz e eu me pergunto se ele não piorou tudo.
-Fica quieto, Arthur.
Minha mãe só observou a situação e continuou a descascar as batatas.
-Agora, vaza daqui. –diz minha mãe para meu pai, manifestando-se pela primeira vez depois daquela situação embaraçosa. –Não quero que meu namorado chegue aqui e ache que eu trouxe meu pai para jantar conosco.
-Seu pai? –meu pai pergunta indignado.
-É claro. –minha mãe responde. –Olha essa minha cara de bebê.
Eu e Arthur rimos e sorrateiramente subimos para meu quarto. Começamos a nos beijar e Arthur sorria quando nossos lábios voltavam a se encontrar. Deitamos na cama e ficamos juntinhos um no braço do outro até minha mãe gritar que era melhor nos descermos em menos de dez minutos ou ela subiria com o chinelo.
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O IRMÃO DO MEU MELHOR AMIGO
RomanceConta a história de Clara, uma menina linda, doce e calma, que tem um melhor amigo, Henrique, que ela adora e o irmão de Henrique, Arthur, que ela detesta com todas as forças. Esse livro pertence a mim, Maria Eduarda da Silva Coletti. E Plágio é cri...