Capítulo 18

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Me levanto rapidamente do sofá e vou atrás do Oliver.

-Oliver! -Eu o chamo e ele se vira para mim.

-O que foi? -Ele pergunta com a voz cansada.

-Eu não sei.

-Como assim não sabe?

-Eu não sei o que dizer, Oliver.

-Não precisa dizer nada.

-Oliver, eu te amo. Não fica bravo comigo.

-Você sabe o quanto que isso é grave?

-Eu sei Oliver.

-Então porque você ficou calada? Por quê você não chamou a polícia?

-Por quê ele me ameaçou.

-Mas não importa também. -Ela pausa. -Desde quando ele faz isso com você?

-Desde quando eu era criança.

-Eu...eu não acredito, Pandora. Pelo amor de Deus.

-Mas isso não importa, Oliver.

-Como não? E se você tivesse ficado grávida? -Ele grita comigo.

-Mas eu não fiquei, Oliver. Eu estou bem, e ele nunca mais irá fazer isso. Eu te garanto.

-Claro, ele vai ser preso.

-Não, ele não pode ser preso.

-Meu Deus, Pandora. Onde você Está querendo chegar com isso?

-Eu tenho que me vingar.

-Amor?

-O quê?

-Eu te entendo. Mas, não precisa de você fazer nada.

-Ta bom.

-Vem cá. -Ele diz abrindo os braços, querendo que eu o abrace. Eu vou até ele, e nos abraçamos. -Você me perdoa Pan?

-Pelo o quê?

-Por eu ter ficado bravo com você, e por ter alterado a voz.

-Tudo bem, Oliver. Não se preocupe. -Digo e dou um beijo intenso nele. Quando paro, olho bem para o rosto dele e vejo um machucado na testa dele. -O que foi isso Oliver?

-Isso o quê?

-Esse machucado em sua testa.

-Ah! Bartolomeu chutou meu rosto.

-Não acredito! Está doendo?

-Não mais.

-Vem, eu vou fazer um curativo em você.

Seguimos até o quarto do Oliver, e antes de fazer o curativo, Oliver prefere tomar banho, então, fico sentada na cama dele esperando ele sair do banho. Depois que ele sai, noto que ele está com uma espécie de pijama. Ou melhor, apenas uma calça tectel. Ele está sem camisa, nossa, ele tem tanquinho. Ok!
Agora eu vou fazer o curativo nele. Depois que termino, eu fui tomar banho, como eu não trouxe pijama e nem algo confortável para dormir, Oliver me emprestou uma camisa bem folgada no corpo. Eu fiquei um bom tempo no quarto conversando com o Oliver. Eu até tinha me esquecido do que tinha ocorrido horas atrás, mas de repente, eu me lembro de tudo e começo a chorar. Eu não consigo me conformar até hoje com tudo isso. Oliver rapidamente me abraçou.

-Calma, calma amor. -Ele diz carinhosamente, tentando me acalmar. Mas continuo chorando.

Posso notar que Oliver também está revoltado com o fato.
Oliver está sentado em sua cama, eu me deito colocando a cabeça em seu colo, e ele começa a fazer carinho em mim. E em seguida, eu durmo. E ele também.
Eu acordo no meio da noite, e me lembro de minha mãe, Shölzen. Faz um bom tempo que eu não vou visitá-la. Assim que amanhecer eu vou visitá-la. Mas eu terei que passar em minha casa, para pegar roupas limpas, mas não quero estar no mesmo lugar que Bartolomeu. Por enquanto. Ele vai se arrepender de ter abusado de mim. Acho que não vai nem dar tempo dele arrepender. Tenho que tramar a melhor vingança. Mas depois eu vejo isso. Olho para cima e vejo o Oliver sentando, dormindo de mau jeito. Eu estava deitada em seu colo, mas me levanto, ele percebe, e acaba acordando.

O Segredo de PandoraOnde histórias criam vida. Descubra agora