Capítulo 12

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-Você quer procurar a sua mãe? -Pergunta Caleb, incrédulo.

-Sim, eu quero. Quero muito. Eu preciso saber quem ela é. Vocês entendem, não é?

-Eu te ajudo Pandora. Mesmo sabendo que vai ser meio complicado, pode contar comigo. -Diz Kamy.

-Muito obrigado Kamy, de verdade. -Agradeço a Kamy e dou um sorriso.

-Pan, vai ser muito difícil encontrá-la, você não sabe absolutamente nada sobre ela, não tem por onde começar a procurar. -Diz Oliver.

-Se você não quiser ajudar, não ajuda. Eu tenho fé. E eu te juro, que eu não vou morrer antes de sequer saber o nome dela. -Digo com um tom forte.

-Eu não disse isso, eu só disse que vai ser difícil, não precisa ficar brava. É claro que eu vou te ajudar.

-Desculpe.

-Você não vai ajudar Caleb? -Kamy pergunta lançando seus olhos para ele.

-Cla-claro que vou. Eu não poderia nunca ficar fora disso. -Ele diz falhando a voz, e noto que ele ficou meio sem jeito quando Kamy falou com ele. Ela realmente é uma garota muito bonita.

A moça da sorveteria chega com o nosso pedido. Uma tigela grande de um litro, cheio de sorvete de chocolate e com vários tipos de cobertura, e ela também trouxe quatro colheres. E então, começamos a comer e a conversar.

Eu me levanto para ir pagar, e chamo Oliver para ir comigo, simplesmente para deixar Kamy e Caleb sozinhos. Pagamos e fomos embora. Deixamos Kamy em sua residência, Oliver foi até a sua casa, e Caleb ficou com ele. Me despeço deles e vou embora.

Chegando em casa, eu vou direto para o quarto terminar de ler o meu livro. Não. Eu não posso ficar parada. Eu vou até Mirian, para perguntar a ela se sabe alguma coisa sobre a minha mãe biológica.

-Mirian, você sabe algo sobre a minha mãe biológica?

-Você quer procurar sua mãe? Por que isso tão de repente? -Mirian pergunta, demonstrando preocupação.

-Quero. Mas não se preocupe. -Digo colocando a mão sobre seu ombro.

-Eu acho que sei alguma coisa.

-O quê? Me conta. -Digo ansiosa.

-Eu disse que acho que sei, mas talvez posso estar enganada.

-Mas me diz o que a senhora acha que sabe. Talvez, quem sabe, poderá ser uma pista. -Mirian olha nos meus olhos e se senta no sofá, eu me sento ao seu lado.

-Desde o dia em que você foi deixada na porta de minha casa, eu comecei a ver uma mulher que eu nunca tinha visto antes.

-Como assim?

-A primeira vez que eu a vi, foi no supermercado, estava eu e você, e em todos os corredores que eu ia, eu a via. Pra mim era coincidência, até que eu comecei a vê-la frequentemente. Era como se ela me seguisse, e eu sempre a via apenas quando eu estava com você, e ela sempre aparecia meio escondida. Por isso você nunca a viu. Apesar, que teve um dia que você viu sim, e ela saiu correndo, e você ficou encarando o nada. Você parecia pensativa.

-Será que ela era a minha mãe?

-Tenho quase certeza que sim. Mas você não se lembra de como ela era?

-Não muito, eu tinha 10 anos, eu não era tão nova, mas mesmo assim não consigo me lembrar de muita coisa. Lembro apenas que ela era loira, e tinha o cabelo curto, e não me lembro de mais nada.

-É exatamente assim que a mulher era.

-Mas a senhora ainda a vê?

-Não, faz mais 4 anos que não a vejo. Parei de vê-la quando você estava com 14 anos.

O Segredo de PandoraOnde histórias criam vida. Descubra agora