Capítulo 19

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Pego o meu celular rapidamente e atendo a Brayor.

-Alô? Brayor?

-Pandora...eu...preciso...de...ajuda. -Ela diz ofegante, custando falar.

-O que aconteceu, Brayor? -Fico muito preocupada. Não é possível que mais uma desgraça tenha acontecido.

-Não é nada de mais...eu só...caí do skate...empolguei.

-Desde quando você anda de skate? E desde quando o skate deixa a pessoa tão ofegante assim?

-Um amigo....está me ensinando...é porque um cara tentou roubar o skate...e o meu amigo é um bundão...então...eu corri atrás do cara...mais de dez quadras.

-Brayor, se ele tivesse uma arma? Se ele fosse perigoso? Já pensou nisso? Meu Deus!

-Foi fácil...eu pulei em cima dele...acabei...machucando ele...ai eu peguei o skate...e saí correndo...não sei...onde estou.

-Você é louca.

-Eu sei. Agora, vem me buscar?

-Onde você está?

-Já disse que não sei.

-Então como eu vou te buscar?

-Não sei.

-Parabéns! E agora?

-E agora, eu não sei.

-Para de falar isso, você não está ajudando.

-Só falei a verdade.

-Ta. Como que eu vou te buscar se você não sabe, sequer, onde está?

-Já disse, que não...

-Ta, ta. Espera. -Tiro o celular do ouvido e falo com o Oliver.

-O que houve?

-Brayor está perdida, ela não sabe onde está, e quer que eu vá buscá-la.

-Deixa eu falar com ela? -Entrego o celular para ele.

-Brayor?

-Oliver?

-É. Onde você está?

-Meu Deus amado, quantas vezes vou ter que dizer que eu não sei?

-Como não sabe?

-Eu só sei que eu corri, e eu corri pra caralho, e cheguei em algum lugar de Berlim, desconhecido.

-Desde quando você fala palavrões?

-Me ajuda Oliver.

-Me fala algum ponto de referência.

-Só tem um posto policial e uma mercearia, e ambas estão fechadas.

-Qual o nome da mercearia?

-Espera...É, Mercearia do Dogão.

-Que porcaria de nome é esse?

-Nome deselegante.

-Pois é. Olha, vou pesquisar aqui, onde fica essa mercearia deselegante e daqui a pouco eu te ligo.

-Ta bom, mas não demora, por favor.

-Relaxa. Tchau, beijo.

-Beijo. -Oliver desliga o celular e me entrega. Ele vai até o computador e pesquisa sobre uma mercearia. E então, ele digita "Onde fica a Mercearia do Dogão?".

-Que nome estranho.

-É sim. -Começamos a rir.

Logo, encontramos o endereço da mercearia, e rapidamente, fomos até lá buscar a Brayor.
Chegando lá, eu vejo ela sentada no chão, encostada na parede da mercearia. Descemos do carro e nos aproximamos dela. Caramba, ela está dormindo. Ela é louca?

O Segredo de PandoraOnde histórias criam vida. Descubra agora