Capítulo 58

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Após um dia cheio e muito chorar, nossa Isa foi enterrada. E voltamos pra casa.
PH não pronunciava uma palavra sequer. Sentamos os 3 no sofá, Natália passaria um tempo com a gente. Mas o silêncio reinava ali. Ninguém sabia o que dizer
PH: Eu vou pro meu quarto. Me deixem sozinhos. E Malu, arrume um lugar pra minha irmã ficar
Malu: Tudo bem
PH saiu dali
Natália: Nunca o vi tão abalado - disse tirando um cigarro de maconha da bolsa e acendendo o mesmo -
Malu: É, nem eu - suspirei -
Natália: Estão juntos a quanto tempo?
Malu: Acho que nunca estivemos juntos. O PH não é do tipo que tem só uma mulher e eu não sou o tipo que aceita isso
Natália revirou os olhos - Na moral, pensei que ele já tinha tomado jeito
Malu: Acho que ele nunca vai mudar.
Natália olhava o cigarro queimar entre seus dedos
Malu: Veio de onde?
Natália: Espanha. Nossa família é toda de lá
Malu: E como vocês vieram para aqui?
Natália: Acho que eu e meu irmão sempre tivemos um fascínio pelo tráfico - deu os ombros - E quer lugar melhor que esse para isso?
Malu se ajeitou no sofá, aquela barriga já pesava muito.
Natália: Quantos meses?
Malu: 7
Natália: Nossa. Não sei como aguenta. Tão novinha, sua mãe surtou quando soube né? - a loira sorriu, já imaginando o tamanho da confusão -
Malu: Não. Eu... Não tenho mãe - ela encarou os próprios pés, aquelas palavras causaram um certo desconforto -
Natália: Ah, porr*. Desculpa. Que mancada!
Malu: Rlx. Vamos comer algo? - perguntou já querendo mudar de assunto -
Natália: Partiu!

Uma Patricinha No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora