Nat: Não precisa aceitar se não quiser -mordeu o lábio, olhando fixamente o chão -
Malu pensou em não aceitar, afinal ela e o Rafael já foram um casal (ou quase isso). Mas não queria ver sua amiga infeliz, não queria que Natália pensasse que ele não havia superado.
Malu: Eu aceito sim
Natália sorriu e a abraçou forte
Nat: Quero ver minha garotinha com bochecha de bolacha - ela riu -
Malu: Ela está no quarto - sorriu -
Nat foi até lá
Flávia: Casamento? Me deixe ver isso, Maria Luiza. - disse puxando o convite - Meu Deus, olha o local de festas. Lu-xo. Na altura de uma Dorneles e não de uma faveladinha maconheira toda tatuada. A festa devia ser uma churrascada na laje com direito a essas músicas que nem se entende a letra.
Malu: Menos, mãe
Flávia: Rafael Mazoni. Família nobre de Ipanema, filhota. Podia ter engravidado pelo menos dele.
Malu: Aff, desisto de você
Se levantou e foi até o quarto
Nat: Quem é a bolachinha da dinda? - disse beijando a barriga da bebê fazendo a mesma gargalhar - Bochechuda mais linda!
Malu: Pare de falar assim da Laurinha, sua vaca
Nat: Lá vem a defensora das bolotinhas bochechudas - ela riu - O Rafa sente falta dela - parou de rir e olhou sério pra Malu-
Malu: Ele pode vim quando quiser
Nat: Ele está proibido de vim ao morro
Malu: Não sabia
Nat: Não sabia mesmo, Malu? Desde o nascimento dela que o padrinho não a vê. Não está sendo egoísta?
Malu parou um pouco. A pessoa que mais esteve ao seu lado em toda gravidez, nas ultras e até na hora do parto foi ele. Talvez sem ele naquele parto a Laura não estivesse ali com ela
Malu: Tudo bem. Vou levá-la mais vezes na sua casa
Nat sorriu satisfeita. E Malu ficou pensando em como seria ver ele e a Nat juntos. Mesmo que não o amasse, sentia algo especial por ele.
