Chegamos em Copa e eu estacionei meu carro na garagem. Malu ainda não olhava pra mim, assim que o carro parou em uma das vagas, ela abriu a porta e desceu. Logo após pegando Laurinha que ainda dormia no banco de trás.
PH: Quer ajuda?
Malu: Não precisa! - ela rosnou -
Entrou em casa e subiu as escadas pisando fundo. Eu achava muita graça quando ela estava brava. Parecia uma criança de cinco anos, e aquela carinha de raiva, ah! Que vontade de apertá-la. Claro, isso é uma das coisas que jamais contamos para as mulheres, mas que nós, sempre achamos incrível.
Entrei no quarto dela e me deitei na cama. Eu sabia que teríamos uma pequena D.R. daqui a poucos instantes, e eu tentava me preparar psicologicamente pra isso. Não há nada mais chato que ter que discutir relação com uma mulher histérica!
Ela entrou no quarto, indo diretamente pro seu closet, depois de alguns minutos, foi para o banheiro. Um bom tempo depois, ela aparece no quarto, cabelos molhados, o cheiro de seu perfume importado inundava o quarto e ela vestia um pijama da Minnie. Em suas mãos, havia uma maleta de primeiros socorros.
Tentei afastar do meu pensamento aquele corpo. Com aquele pijama me mostrando cada uma de suas curvas, era praticamente impossível evitar que meu amiguinho ganhasse vida e que eu pensasse em tê-la mais uma vez, só pra mim!
Ela se sentou em uma ponta da cama, de costas pra mim. Fiquei com uma enorme vontade de começar as carícias e ter uma incrível foda com ela!
Mas eu sabia que ela estava chateada demais para isso. E sabia também que eu precisava resolver isso, logo!
PH: Maria?
Ela não respondeu. Pegou um espelho e colocou em sua frente. Embebedou um algodão e começou a limpar seus cortes, agora, mais aparentes.
Me levantei e me ajoelhei em sua frente. Peguei com cuidado o algodão de sua mão e comecei com carinho, limpar o sangue que permanecia ali.
Malu: Eu preciso que você me fale. - percebi que seus olhos se encheram de lágrimas - Foram semanas fora, e eu preciso saber, o que você teve com aquela Bruna.
Sabia que aquilo seria difícil, não só pra ela. Mas pra mim também.
PH: Eu e ela, bom..
Malu: Foram pra cama juntos, não é? - vi lágrimas escorrendo pela sua face, e com carinho, limpei cada uma delas -
PH: Lembra o que eu te falei? Que eu sempre tento fugir do que eu sinto por você, por medo? Então, eu queria provar para mim mesmo que.. eu conseguia viver sem você. Que eu poderia te substituir.
Malu me olhava atentamente, ainda com lágrimas escorrendo por seu rosto.
PH: Mas não importa quantas vezes eu tente me enganar, eu sou seu, Maria Luiza.
Eu selei nossos lábios, começamos um beijo doce. Como sempre, cheio de amor. Mas esse tinha um gosto diferente, um de reconciliação. E de mudança. Mudanças as vezes são necessárias. E eu estava disposto a mudar por amor a ela.