Malu estava pensativa, queria ir mas estava com um pouco de medo de quem poderia ter mandado aquela carta. Se contasse ao PH ou a Natália eles jamais a deixariam ir e ela teria que conviver com a curiosidade. O que era demais pra ela.
PH: O que cê tem, garota?
Malu: Ãh?
PH: Nunca te vi quieta, tá doente?
Malu: Ha.Ha. Muito engraçado
PH: Tá pensando em que?
Malu: Nas coisas que tenho que ver pro salão
PH: Para de enrolar com essa comida, Malu. Come logo
Malu: Tô sem fome
PH: Você tá me escondendo alguma coisa?
Malu: Claro que não
PH: Acho bom
Malu se arrumou rápido
Malu: Me empresta um carro?
PH: Cê é louca? Nem carteira tu tem
Malu: Carteira é só um detalhe. Você sabe que eu dirijo bem
PH: Pega um táxi - disse tirando uma nota de cem da carteira e a entregando - Tenta não demorar
Malu: Não vou. Tirei o leite, tá na mamadeira.
PH: Ok. Tchau - a beijou -
[...]
Já na esquina do tal lugar marcado, as mãos da loira suavam. O medo de quem a estava esperando estava causando nauseas. Pensou em alguém querendo vingar a morte do Fernando ou até algum policial, seria bem mais fácil a pegar fora do morro, longe dos cuidados do PH.
Apertou as mãos com força, repetiu para si mesma que não era nada demais e tentou dar um passo. Sem sucesso, suas pernas pareciam estar travadas.
Malu: Você não chegou até aqui para desistir. E eu sei Maria Luiza, você jamais conseguiria viver nessa curiosidade - ela mordeu o lábio -.É curiosidade, você sempre ganha. Ganha até o medo
Ela continuou o seu caminho, a cada passo o coração parecia querer sair pela sua boca. Quando finalmente chegou de frente ao local.
Tocou a porta de vidro, suas mãos suadas e sua boca seca pelo nervosismo. Empurrou a porta e saiu caminhando por ali, até ver um rosto conhecido
Malu: O que você quer comigo?