Eu te juro que adoraria estar passando seu 14° ano de vida ao seu lado. Mas alguns desejos nem sempre são concretizados,certo? Não sei quando irá ver isso, mas espero que logo.
E como todas as outras cartas, peço perdão por nunca, sequer, ter dado as caras. O medo me consome, acima de tudo. E pedir desculpas também por continuar mandando cartas, ainda fazem isso nesse século?
Queria que soubesse que nunca estivera sozinha, que por mais que não me veja, eu te vejo. Assustador, não? Já estivemos tão próximos, Candie. Acho que posso dizer que de alguma maneira tenho orgulho do que está se tornando, sua mãe lhe educara perfeitamente bem, a aplaudiria de pé, se pudesse.
Essa não será tão longa quanto as outras, não tenho tanto tempo para escreve-la no momento, nem palavras. Meus parabéns, Candice.Do seu pai.
Era isso que dizia a primeira carta que Candie lera, a última que o "tal" pai misterioso havia lhe mandado, era incrível. Ele havia lhe mandado exatas 11 cartas de aniversário desde o seus 3 anos. Logo faria 15 anos e seu maior desejo no momento, era que pudesse receber não só uma nova carta, mas quem sabe um abraço do seu pai?
- Ele não me odeia?
- Ele parece te odiar? - Perrie encarava a garota.
- Quando irei conhece-lo?
- Quando eu achar que deve.
- Mãe! Por que essa paranóia toda? É só o meu pai, eu só queria poder vê-lo, por que toda essa restrição e cuidado? Essa preocupação desnecessária?
- Candie, deixe-me lhe explicar, faz anos desde que vi seu pai. Não sei se ele quer isso. Não sei onde ele está vivendo, não verdade nem quero saber. Não que seja da sua conta, mas ele me magoou. Quando eu contei a ele sobre você, ele simplesmente ignorou. Tempos depois ele me pediu desculpas, mas Candie, ele realmente me machucou, e as cicatrizes ficaram comigo, eu só não conseguia perdoa-lo por completo. Sei que acabei descontando isso em você, mas no começo, eu achava que ele não dava a mínima pra você, eu so queria protege-la, só queria que estivesse segura para que ele não chegasse aqui e a machucasse como fez comigo.
A garota olhava para sua mãe, ela entendia, e queria agradecer por toda a preocupação mas ela queria mesmo conhecer seu pai. Candie guardou a carta na pequena caixa de madeira, que agora lhe pertencia. Levantou-se e dirigiu-se até a porta do quarto da mulher e saiu. Deixando-a sentada na cama. Perrie sentia-se um tanto decepcionada consigo após o ato da filha, ela havia mentido para a mesma durante anos e agora tinha sido deixada por ela. Perrie olhava para a porta. Inutilmente. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela cobriu o rosto com as mãos, liberando-as. Era muito para que pudesse aguentar. Seu corpo se arrepiara e um calor lhe invadiu ao sentir braços delicados lhe envolvendo, e uma doce voz que sussurrava, "eu te entendo mãe, e eu te amo". Perrie sorrira dentre suas lágrimas, levantou seu rosto dando de cara com uma Candie sorridente, enxugou seu rosto com suas mãos e teve seus cabelos postos atrás da orelha por sua filha, estava tudo bem, e se não estivesse, ela iria fazer ficar.
• 300 views ✴ obrigada ♥♥
• desculpem-me pelo capítulo pequeno, o próximo será mais legal, prometo djdks
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