Capítulo 3 - Rita

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Gatinhas e gatinhos,

Desculpem a demora, e por não ter postado semana passada, estou postando agora dois capítulos.

Estou no meu balcão, vidrada na tela do computador quando uma rosa branca é balançada em frente ao meu rosto. Levanto os olhos e meu sorriso se abre. Ele está aqui! Apesar de nos falar por telefone algumas vezes nessa semana, não o vi desde o nosso encontro em sua casa.

- Marcelo, o que está fazendo aqui?

O sorriso não saía de meu rosto, nem enquanto falava. Ele está lindo.

- Estava com saudades. Só ouvir sua voz por telefone não é suficiente pra mim.

- Então você veio aqui só pra me ver?

- Na verdade eu vim te buscar. Temos um jantar hoje.

O que? Ele só pode estar brincando comigo. Eu não tenho roupas adequadas em meu armário para um jantar. Acho que só tenho jeans e camiseta.

- Eu não posso, não tenho nada pra vestir.

- Você fica linda até de uniforme.

- Mas não é adequado para um jantar, e em meu armário só há jeans e camisetas.

- Só pra te deixar mais tranquila, não vamos a nenhum restaurante. Vamos jantar com meu pai.

- Com seu pai?

- Sim. Eu disse a ele que estamos nos conhecendo e ele insistiu que eu te levasse para vê-lo. Ele sente falta de conversar com você.

Eu sorri, também sinto falta do Manoel.

- Eu também sinto. Vai ser um prazer vê-lo novamente.

- Então, quanto tempo você ainda precisa ficar aqui?

- Mais alguns minutos, só preciso esperar a Flávia pra fechar meu turno.

Depois de cinco minutos a Flávia chegou para me substituir e eu corri para o vestiário. Juro que vou trazer pelo menos um vestido e um par de sapatos para emergências. E hoje é uma emergência e eu só tenho um jeans preto e uma blusinha rosa. Pelo menos eu tenho uma sapatilha azul bonita. Se eu tivesse que sair com esse sapatinho branco eu me matava.
******

Quando chegamos a casa do Manoel a porta foi aberta por uma mulher jovem, muito bonita e com um grande sorriso direcionado ao Marcelo. Eu já a vi várias vezes no hospital. Inclusive na primeira vez que o vi, ela tinha suas mãos envoltas em seu braço. Ela é a empregada do Manoel? Será que o Marcelo já teve algo com ela? Eles parecem se gostar.

- Marcelo! Que bom que veio mesmo, seu pai está esperando na sala de estar.

- Beta, essa é a Rita.

Eu não sabia ao certo o que fazer então estendi a mão, ela pegou-a e sorriu pra mim. Um sorriso que parecia verdadeiro.

- A famosa Rita. É um prazer finalmente conhecê-la, apesar de tê-la visto algumas vezes no hospital.

- Famosa?

- Sim. Além do Manoel, há outro homem que não para de falar de você.

O Marcelo parecia um pouco desconfortável enquanto me puxava, antes que eu pudesse responder.

- Vamos até meu pai, ele vai adorar te ver.

O Manoel está incrivelmente bem, eu não poderia dizer que ele passou tanto tempo no hospital. Ele estava sentado numa poltrona e lendo uma revista quando nos viu.

- Rita! É muito bom te ver, senti sua falta.

- Eu também Manoel, mas não quero te ver tão cedo no hospital.

Corações precisando de cuidadosOnde histórias criam vida. Descubra agora