CAPÍTULO TREZE
Continuamos com velocidade para a casa da tia do Fred que ficava bem mais distante, eu continuava tenso torcendo pra que Adam estivesse lá. Ramon parecia anestesiado ao meu lado. O caminho todo se baseou em velocidade, faróis de moto e nervosismo. Finalmente chagamos a casa do Fred. Logo quando paramos já ouvimos o barulho das crianças na casa, deveriam ser seus primos.
- Vamos Ramon - chamei saindo do carro. Saímos, entramos no portão da modesta casa e batemos na porta, não demorou Fred abriu.
- Oi - disse calmo com seus cabelos castanhos assanhados.
- Cadê o Adam? - perguntei logo.
- Quem? - perguntou saindo, fechando a porta cessando um pouco o barulho das crianças.
- O Adam.
- O Adam? Não sei.
- Droga... Droga... - resmungava Ramon pondo as mãos na cabeça.
- Por que gente? O que aconteceu? - perguntou ele confuso.
- Ele nem veio aqui? - perguntei.
- Não, mas por quê? Esse não é o carro do Daniel? O que aconteceu?
- Vamos entrar! - chamei.
Saímos no portão, entramos no carro e explicamos a história toda mais uma vez pra Fred. A cada acontecido que repetíamos, sentia toda a angústia novamente, e me vinha à cabeça imagens horríveis do que aqueles malucos poderiam fazer com Adam, se é que Adam realmente tivesse sido pego por eles.
Fred mudava de cor.
- E agora o que a gente vai fazer? Temos que fazer alguma coisa! - dizia ele.
- Por enquanto temos que pensar... Pensar... Precisamos que ter um plano - disse Daniel.
Ramon continuava calado tentando ligar pra Adam, mas toda a tensão foi quebrada com o susto que tivemos. Adam bateu assustadoramente com os punhos no vidro ao meu lado. Dei um pulo assustado com sua cara de assombrado, seguido de um imenso alivio de vê-lo bem, nem tanto, pois estava com um corte na testa e a camisa rasgada. Todos nós saímos rapidamente do carro e fui o primeiro a o abraçar.
- O que houve? - perguntei com os outros.
Adam realmente estava muito abalado, suspirava forte e não conseguia falar com o cansaço.
- Eles... - suspirou.
- Desgraçados - resmungou Carmos.
- O que fizeram com você? - perguntou Ramon.
Adam continuava sem falar nada e se ajoelhou pra descansar, nunca havia o visto daquele jeito.
- Me pegaram... - respondeu ofegante tirando a camisa rasgada do corpo passando no sangue que escorria em sua testa.
- Mas você tá bem? - perguntou Daniel averiguando o corte em sua testa.
Adam fez que sim com a cabeça. O corte realmente não era nada muito grave, apenas um arranhão, e também tinha arranhões nos braços. Tranquilizei-me ao ver todos bem, mesmo sabendo que continuaríamos escondidos dos satas, agora nós três. Fred entrou em casa e logo depois voltou com um copo d'água que entregou a Adam. Ficamos calados respeitando seu cansaço até que ele pudesse falar.
Adam não parecia aliviado, continuava aflito, o que me preocupava. Levantou-se e se encostou ao capô do carro.
- Levaram elas... - rosnou ele.
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O Mistério do Livro Lensson
FantasiaNa pacata cidade de Santa Rita no interior do Rio Grande do Sul, o estudante Davi e seus amigos companheiros de banda têm uma reviravolta em suas vidas ao encontrar um misterioso livro com supostos poderes sobrenaturais, entrando em uma tremenda bri...