Caçadores de Fadas - Capítulo 3(Final)

9 0 0
                                    

Max Williams

Esperamos algumas horas antes que Stewart aparecesse na nossa prisão.

- Stewart! – Chamei aliviado ao vê-lo se aproximando.

- Será que poderiam nos deixar a sós? – Pediu ele aos seguranças que atenderam ao pedido. - Max! Isso é um engano, sei que vamos resolvê-lo assim que fizermos os exames. – Falou ele tentando me consolar.

- Não, Stewart. É verdade, sou um fae. Preciso da sua ajuda, antes que seja tarde demais.

- Você está falando sério? Você é um deles? Passei esse tempo todo acreditando que você podia sentir algo, parecia tão... Real. – Lamuriou-se ele.

- Certo, Stewart. Sei que deve ser algo muito surpreendente, mas não temos tempo para isso. Preciso que abra minha cela.

- Max, eu sou um caçador, perdoe-me. – Desculpou-se saindo da prisão.

- Espere! Eu tenho a solução! Sei como parar essa guerra! – Gritei fazendo mais uma tentativa.

Stewart virou-se para mim e disse:

- Eu também sei. Caçando.

- Esse era seu plano de fuga? Fala sério! – Comentou meu companheiro de prisão.

- Nós vamos sair daqui, apenas me dê um tempo. – Argumentei tentando convencer mais a mim do que a ele.

- Tempo é algo que...

- Por favor... – Pedi interrompendo sua sentença.

Algumas horas se passaram e eu não conseguia dormir, afinal, poderiam ser meus últimos dias vivo. Percebi que o garoto também não conseguia dormir e resolvi iniciar uma conversa.

- Sou Max Williams e você, como se chama? – Perguntei sem muitas expectativas.

- Raphael. Raphael Draken. Sem prazer em conhecê-lo – Alfinetou ele, mas preferi ignorar.

- Quando descobriu que poderia usar magia? – Perguntei, deveras curioso para saber.

- Nesse ano. Não foi algo optativo, precisei descobrir, senão morreria. – Contou, tentando omitir detalhes. Por mais que eu quisesse respeitar seu espaço, aquilo me instigou a prosseguir.

- Foi algo relacionado a uma fada?

Raphael suspirou, no entanto resolveu falar:

- Ela me aprisionou em minha própria casa. Minha mãe não estava presente na hora, graças a isso ela teve uma grande depressão. Foi tão difícil vê-la na porta de casa. Cada dia mais triste, mais frágil. Até que aconteceu o que eu temia, ela morreu. Por isso quero vê-las mortas, todas! Sei o quanto elas destroem sem piedade. Brincam com nossos sentimentos e depois fazem questão de despedaçar nossos corações. Até a última gota de alegria. Por sorte, encontrei minha função no mundo. Encontrei poder, para destruí-los. Claro que um dia acabaria, só não pensei que uma fada fosse fazer isso. – Riu ele, como se fadas fossem seres inferiores.

- Você não deveria subestimá-las. Elas são bem mais espertas do que pensa. Talvez você até saiba do que são capazes, só não quer admitir.

- Não me importa o que se passa no cérebro de vocês. Eu só quero que todas morram! – Respondeu irritado. Resolvi que era hora de finalizar aquela conversa. Pena que alguém acordou. Alguém que realmente merecia a morte.

- Vocês sabem, não? Essa fuga não será possível. Eu não permitirei que escapem enquanto espero aqui pela minha morte. Vocês vão todos comigo. – Disse suavemente a fada estraga prazeres. – E desculpem esquecer, sou Iriana, é um prazer conhecer aos dois, principalmente neste lugar.

Aleatoriamente ContandoOnde histórias criam vida. Descubra agora