Capítulo Quinze

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Julia's POV

Minha cabeça novamente lateja.  Sinceramente preciso para de acordar desse jeito.
Levanto, e percebo que estou em uma sala diferente da qual estava antes. Desta vez havia apenas uma maca e uma câmera no teto.
Caminho até a porta, a qual estava trancada. Olho pela janela redonda que tinha e não vejo nada além de metros e metros de um corredor branco.
Lembro do que havia acontecido antes de acordar nesta sala. Jackie tinha me encontrado, e ela estava toda ensanguentada, pelo menos seus dedos, mas a camiseta estava manchada da cor vermelho lúcido. Estávamos nos preparando para sair e tenta encontrar o resto dos nossos amigos, mas uma garota acompanhada de dois guardas aparecem nos impedindo de tal coisa. A garota se chamava Emanuella, e por algum motivo, esse nome me parecia bastante familiar. Logo depois, um dos guardas me injetam algo no braço direito, me fazendo apagar completamente.
Olho para a janela novamente. Dessa vez duas pessoas com vestimentas estilo astronauta azul marinho e máscaras, passavam pelo corredor arrastando algo.
Não algo. Era alguém. Era a Jackie.
-Hey! Hey!- grito batendo na pequena janela, mas as duas pessoas indecifráveis sem nem olhar para o lado, continuaram andando, arrastando Jackie como se fosse um saco de lixo. Percebo que a lateral de sua cabeça está inchada. Parece que ela levou alguma pancada ou algo do género.
Bato de novo na janela para tentar chamar atenção das duas pessoas, mas novamente recebo nenhuma resposta. Logo eles já estavam fora do meu campo de visão.
Me ajoelho no chão encostando minha cabeça na porta. O que está acontecendo?
Sinto uma lágrima escorrendo sobre meu rosto, mas logo limpo com a minha mão.
Escuto passos seguido de barulho de chaves. Antes mesmo que eu possa levantar para ver pela janela quem era, a pessoa já está abrindo minha porta.
Era a Gabi.
-Gabi? O que você está fazendo aqui? Porque você está vestindo um jaleco?
-Julia, não posso te responder agora. Vem, não temos muito tempo.-diz Gabi me puxando pela porta. Não conseguia entender, era para ela estar na Califórnia em um show da 1D, no qual ela tinha ganhado ingressos.
-Perai, para onde vamos? E o resto do pessoal? E a Jackie, eu vi ela a pouco tempo.
-Julia, é sério! Não temos que ir, antes que alguém chegue e te leve ao laboratório!
Aceno com a cabeça. Minha cabeça estava toda confusa, queria sair dali, mas me enlouquecia o fato de não saber onde o resto dos meus amigos estão. O que ela quiz dizer com me levar ao laboratório?
Corremos pelo corredor e descemos por algumas escadas, olho para trás para ver se alguém vinha atrás da gente, e quando volto a olhar para frente, quase tropeço na Gabi.
Não, não era mais a Gabi. Era o Léo.
Léo, com os olhos roxos e a boca inchada, me olhava de forma irônica.
-É, essa foi fácil.
-Léo? Pera, cadê a Gabi? Por que você está me olhando desse jeito?
-Hahah não tinha nenhuma Gabi. Era eu o tempo todo. E você ainda caiu na história de "Vem, eu te salvo, vamos sair daqui!". Hahaha devo admitir que foi divertido.-ele gargalha.
-O que você está falando?
-Assim como a Jackie consegue matar pessoas apenas com a mente e Michael consegue salvá-las e também se auto curar, eu tenho o dom de me transformar em outras pessoas. Aiai, ainda to me aprimorando nessa habilidade, mas pelo jeito to indo bem. E diferente do anjinho e da diabinha, eu tenho muito orgulho do meu poder.-ele diz com um sorriso maligno no rosto. Esse não é o Léo que eu conheço.
-Por que você está agindo desse jeito?
-Aaarrg porque, porque, porque! Quer parar de fazer perguntas?! É o que é a vida, se contenta com isso. Agora entra logo nessa sala.-ele grita para mim. Abaixo a cabeça e entro na sala. Quando entro, levo minha mão à boca. Jackie estava em uma maca deitada com as mãos, pés e cabeça atadas. Ao seu redor máquinas e instrumentos afiados pousavam e mesas.
Sou arrastada por dois guardas até uma cadeira ao lado mas um pouco distante da Jackie. Logo ele atam minhas mãos por trás das minhas costas e meus pés nas pernas da cadeira. E antes que pudesse fazer qualquer reação, minha boca e tampada por uma fita grossa cinza.
Olho para os lados com os olhos arregalados, totalmente desesperada. Léo vinha com um bisturi em minha direção. Passando por trás de mim com o objeto afiado ele sussurra em meu ouvido:
-Bem, que comece o show.

PS.: I (kinda) Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora