O encontro

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No caminho para o "acampamento meio-sangue " o menino Percy me falou que estavam a minha procura, mas o porquê (dizendo ele) não sabia.Eu deixei pra lá por que (1) estava nervosa (2) estava indo para um lugar desconhecido (3) tinha medo de altura, ou melhor de cair.Também me falou que Hazel estava ali só por alguns dias, pois ela não pertencia ao acampamento grego e sim, ao Romano.Aí eu me senti mais perdida ainda.
Não demorou muito tempo, talvez meia hora para que chegássemos em umas colinas com grandes árvores.Eles me conduziram com Izabel até chegarmos perto de um Pinheiro magnífico.Pelo menos era que eu achava, afinal, o papai costumava acreditar que arvores tinham almas, e se fosse verdade, aquela parecia bem mais humana que qualquer um de nós.
Em seguida, passamos por uma entrada que possuía algumas escrituras que achei um pouco  difícil  de decifrar, mas que no final ,consegui:" Acampamento meio-sangue ".Assim que ultrapassei a entrada senti meu estômago se encher de borboletas.Também sentir cheiro de morangos,será que tinham uma plantação?O cheiro estava bom, o que me lembrou que eu estava com fome, só que segundo as regras de etiqueta que meu pai ensinara, era falta de educação um convidada ser pedinchona.A primeira coisa que vi ao entrar no acampamento foi uma casa grande com estrutura grega, obviamente, pensei. Era simples, grande (não muito) e bonita.Bem longe avistei a quadra de vôlei e um lago. O menino Percy olhou para nós e disse :
-Bem vindas ao acampamento meio-sangue! Espero que não precisem de uma cadeira de rodas no primeiro dia! -A menina Hazel que estava com ele o deu uma cotovelada e sorriu para nós.Então falou :
-Não liguem, ele sempre exagerado demais. Aposto que são duronas! - Eu olhei dela para ele percebendo que só queriam nos acalmar...
Izabel que estava quieta, mas eufórica disse :
-Espera aí! Como assim? Vocês vão nos obrigar a lutar, ou fazer algo do tipo? -Eles riram.
-Não,como vocês são semideusas não deveriam se preocupar com isso aqui.Considerem o acampamento como seu lar, aqui estão seguras.
-Como pode ter certeza? -Eu disse.
-Eu conheço o lugar tempo suficiente para poder te afirmar.
-Ainda não me convenceu.
Ele pareceu chateado, só que logo voltou a sorrir. Eu sabia que estava sendo chata, mas como poderia estar nessa situação? Eu não tinha a mente aberta de Izabel, que compreendia as coisas com facilidade, e era otimista.Pelo contrário, eu não conseguia confiar em nada cegamente, só porque haviam me dado uma solução.Na verdade, eu tinha dificuldade para confiar em qualquer pessoa.
Continuamos andando perto deles, sempre os seguindo.Observei o lago, a quadra, o anfiteatro, o pavilhão, umas casinhas que estavam organizadas em forma de U, e ri ao perceber que o menino Percy me olhava e revirava os olhos vez ou outra, como se quisesse quebrar o clima tenso que eu havia criado..Já estava ficando de saco cheio dele, estava pensado no que eu poderia fazer se ele fizesse isso de novo. Talvez um soco? Seria bom.Muito bom.M e desprendendo desse pensamento, eu voltei a observar ao meu redor e vi uma garota parada no nosso caminho,ela estava bastante longe,então desviei o olhar.Geralmente eu não agradava nenhuma menina logo de cara.Não eu,talvez Izabel por ser mais simpática, mas não eu.Senti que ela estava me observando, então olhei para tirar a dúvida, lá estava ela cada vez mais próxima e nos olhando atentamente.Ela não era feia, muito pelo contrário, era linda. Seu cabelo era loiro claro natural, com grandes cachos que caiam soltos em seus ombros.Sua pele era branca, mas estava meio bronzeada, talvez tivesse aproveitado demasiadamente o verão.Mas o que me chamou atenção foi seus olhos, eles eram acinzentados e me desafiavam, era como um aviso.Eu odiava quando me desafiavam, e talvez nem fosse isso que estivesse acontecendo, talvez ela fosse como eu: pouco receptiva.Quando estávamos perto o suficiente ela riu para o menino Percy e o beijou suavemente, como se fosse um habito.Em seguida abraçou Hazel e olhou de mim para Izabel, então sorriu para nós,  e nem parecia um sorriso de fato, soava mais como obrigação ou uma dor de barriga. ÓTIMO,MAIS ALGUÉM QUE EU NÃO AGRADAVA.Sorri da mesma forma para ela, assim ela perceberia que não era confortável estar naquela situação, o que não foi uma boa ideia porque ela sequer sorriu outra vez.Escutei um assoviu, percebendo  assim, o menino Percy se aproximando, então ele parou perto de mim e falou baixinho :

-Eu não desafiaria ela se fosse você.Eu já passei por isso. -Ele voltou rapidamente para o lado dela.
Então falei em alto para que eles pudessem ouvir também:
- Eu não tenho medo dela.Não tenho nada contra ela, para falar a verdade.
Silêncio e desconforto e até alegria se passaram pelo meu peito.Ela me encarou com olhos semicerrados; não identifiquei o que ela estava sentindo:
-Você não precisa ter medo de mim.Mas evite me confrontar, não costumo perder minhas batalhas.
Sorri e minha reação a irritou ainda mais, fazendo com que esta me desse as costas e fosse embora com Percy em seus calcanhares.

Cria de Atena - ( Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora