Cria de Atena - ( Em revisão)

Deixe ir

Sofia

Estavam perto.Perto o suficiente para começarem à atacar, e então assim fizeram.A força estava sendo exigida,  e com ela a estratégia.A grande quantidade de monstros fazia com que me distraisse, mas não podia, não agora.Eu sentia adrenalina, estava matando monstros em sequência com ajuda de meus poderes.Um monstro que mais se parecia com uma serpente, lançou ácido em uma das caçadoras e eu por impulso o anulei com uma rajada forte de vento.Corri para ver se ela estava bem, e ouvi um grito: Era Stefan.Ele fora arranhado no  peito e jogado para longe por uma Quimera, e eu fui ao seu auxílio.Quando estendi a mão para ele alguma coisa me atacou pelas costas me fazendo cair de peito no chão.  Primeiro senti o sangue em minha boca,  depois à dor em minhas costas.Ela estava em cima de mim com suas garras arranhando me perfurando.Então ela me virou de peito pra cima e quando deu a primeira patada coloquei meus braços na frente, mas não seria o suficiente,  eu precisava ser mais forte.Tentei usar meus poderes mais nada veio, era incrível! Ela já podia me matar e eu estava esperando, quando percebi que sua atenção não estava em mim tentei me desvencilhar mais não consegui, então como um reflexo algo a golpeou no pescoço fazendo a mesma se desfezer em poeira.
Olhando a preocura do meu salvador vi Stefan já desmaiado, e então no céu vi Christian se preparando para acertar mais um monstro.Mas não era só ele...uma menina com cabelos longos e pretos também em um cavalo alado, o seguia.Me virei  tentando entender de onde estávam vindo, e me deparei com a multidão de semideuses gregos e romanos prontos para lutar.Alguns deles logo ajudaram Stefan, enquanto eu tentava entender quanta sorte eu tive agora.Me juntei a eles e fui à preocura de Gaia. Eu queria acha-la pois se assim fizesse acabaria logo com tudo.Os semideuses mesmo sendo muitos não suportariam tal quantidade de monstros para sempre.
O céu começou a escurecer,mas não pela chegada da noite...Algo estava muito errado: as raízes crescendo rapidamente, o chão se rachando, explosões gigantes no céu...Eu tinha que ser rápida, sabia onde poderia estar e porque.Corri matando os monstros que entravam em meu caminho, sabia que o Olimpo era forte e também sabia que Zeus tinha expulsado todos os deuses, fazendo com que o lugar ficasse mais enfraquecido que nunca.
Impire State estava como me lembrava: Vazio.Minha pressa aumentava toda vez que escutava explosões. Apertei o botão que me levaria ao 600 andar, e rapidamente a porta se abriu.Quando estava preparada para entrar uma voz masculina surgiu :
-Não precisa fazer isso sozinha.-Era Christian.
-Porque se importaria?
-Não interessa. Vou com você.
-Não Christian, chega! Eu não quero que venha escultou? Não tente!
Sua postura estava firme e raivosa, suas mãos estavam em punhos serrados.
-Eu preciso ir, você não entende?Eu não posso te perder,não de novo.
Por um minuto o mundo pareceu parar... Suas palavras me fizeram ficar surpresa.
-Christian...Quem não entende é você.Deixe que isso se torne mais fácil para mim, não me faça escolher.
-Você não precisa escolher, sou seu amigo.
-É esse o problema Christian, você é apenas meu amigo, e não se pode amar um amigo como eu te amo.
Me assustei com minhas próprias palavras. Nunca falei para alguém sobre meus sentimentos, não assim.
Christian então, pegou em meu rosto com as duas mãos e me beijou.O barulho que meu coração fazia pela surpresa era audível, e senti vergonha.
-Eu também te amo Sofia.
Lágrimas rolaram pelo meu rosto.Eu precisava continuar a fazer o que tinha que ser feito.
-Então se me ama, precisa confiar em mim,precisa me deixar ir.Você será uma distração, ela irá te usar.Lute aqui Christian.
Pelo menos eu achava que fora a primeira vez em que vi Christian chorar.
-Lutarei.-falou me dando um abraço forte o suficiente para eu pensar em desistir de tudo.
-Eu voltarei, prometo.
E assim ele saiu correndo sem olhar para trás.
Ainda na frente do elevador eu dei o primeiro passo para dentro, e quase como se tivesse sido tudo programado, uma dor horrível na cabeça me atacou me fazendo cair de joelhos.Minhas memórias até então inalcançaveis apareciam como um filme em minha cabeça: Izabel, Annabeth, meu pai,  Christian. Era muita coisa, muitas decepções. Agora eu entendia por que haviam me tirado elas.Frases se repetiam na minha cabeça :" Olhe para as estrelas Sofia"... "Lute como uma mulher "...
Eu queria voltar agora, eu tinha raiva, perderia as pessoas que mais amava.De joelhos no chão eu levantei a cabeça e vi o Olimpo em ruínas. Saí a preocura de Gaia e a encontrei no salão principal, onde todos os deuses ficavam.
-Sabia que viria.- Disse ela de costas para mim.
Continuei em silêncio apenas a observando.
-Ainda tem tempo, posso aceitar seu sangue sem brigas. Sei que tem pessoas que ama lutando.
-Você quer dizer as pessoas que ainda não matou? O que fez com Zeus?
-Muitas perguntas criança...Você precisa de motivação?
Ela levantou as mãos e começou a destruir o pouco que sobrava do Olimpo.
-Pare! Eu lhe dou meu sangue, mas você tem que pegar.
Seus olhos estavam vidrados na Adaga em minhas mãos.Começei a dar passos para trás e quando pensei em correr ela já estava ao meu lado. Segurou minha mão com tanta força que senti meu dedo deslocar de novo.
-Pensei que fosse ser mais difícil.-Ela ria escandalosamente.
Se aproximando ela puxou meu cabelo fazendo com que ficássemos cara a cara.Tentei acerta-la com a adaga, mas ela interceptou e riu novamente pegando a adaga da minha mão e  traçando um corte longo na horizontal em meu braço.Escutei um grito sofrido,pensava que mais alguém estava lá, então percebi que o grito era meu.
-Pare por favor!
Ela pegou a Adaga e passou mais profundamente no mesmo lugar me fazendo gritar outra vez.
-Acha mesmo Sofia, que está lutando por uma boa causa? Ninguém nunca te apoiou! Você nunca foi filha de Atena, você é uma mutação, uma criação.
-As pessoas que eu amo sempre estiveram ao meu lado,não preciso de mais ninguém.
-Boas últimas palavras Sofia.Agora me veja acabar com tudo.
Ela estava com um cálice cheio de sangue meu na mão, depois de tudo que passei não a deixaria ganhar.Não conseguia mais me mecher, uma poça de sangue me rodeava, minha respiração estava falhando e eu também.Senti o chão tremer e escutei uma voz se aproximar:" És filha de Atena, a filha de quem me orgulho. Seja o ponto de equilíbrio, sinta como se tudo fluísse de você."
Ainda deitada no chão eu via meu reflexo no teto:eu parecia morta.Tudo fazia sentido, eu seria o equilíbrio, tudo fluiria de mim.Primeiro as chamas, depois as tempestades, a escuridão,  a magia, a força de vontade...Tudo que eu tinha, todos os poderes estavam me deixando.Gaia, então distraída parou tempo suficiente para que eu conseguisse o que queria, tempo para que eu a derrotasse.Pedi desculpas por não ser quem queriam que eu fosse, pedi desculpas por não poder poupar Rachel, e por deixar quem mais amava morrer.Fechei os olhos  ouvi Gaia gritar,  e sem mais deleite deixei que a escuridão me abraçasse para sempre.