-O que?? -pude ouvir Vincent dizer.
-Quando descobriu isso? -perguntou Thomas.
-Foi um palpite! -respondi -Você se aproximou demais de mim, às vezes agia estranho e sugeria coisas, mas agora eu entendi.
-Ainda estou confuso! -exclamou Ben.
-Vejamos.... -pronunciei. -Na noite em que Blair fez uma visita a Beijamin, ele se vendeu. Ele disse que passaria o resto de sua vida ao lado dela, se ela lhe concedesse a imortalidade. Sendo assim, Blair deu o que ele queria, sem nem pensar duas vezes abandonou Amélia.
-Eu não a abandonei! -argumentou ele.
-É claro que abandonou! Você foi atrás dela quando ela precisou de você? Você nem se importou, porque a sua vidinha hipócrita ela mais importante do que a garota que você dizia que amava.
-E eu amava, mas eu tinha um acordo com Blair.
-Isso é o que eu chamo de pacto com o demônio! -depois de minha palavras ninguém se pronunciou. No silêncio do caos, alguém entra pelo salão.
-O que faz aqui?! -perguntei.
-Acho que Thomas não terminou de contar sua história...vamos lá, conte a eles...acaba logo com isso! -disse Safira, entrando e rodeando Thomas.
-Eu disse para você ficar lá fora. -indagou Thomas.
-Você não vai falar?
-Eu posso resolver isso sozinho, Safira, cai fora! -disse Thomas, desviando sua atenção de Thomas, Safira veio em minha direção.
-E você? É uma bruxa também ou o que? -provoquei.
-Sou uma vampira. Nunca se perguntou porque eu sou tão linda? Ou o fato de eu ser boa em tudo ?
-Modesta ela não é? -pude ouvir Ben dizer. Safira não deu muita atenção.
-Sophia, já se perguntou quem matou sua mãe? -ela andava ao meu redor, querendo captar cada reação. -Quem que enfiou uma faca em se corpo, tirando sua vida. E quem impregnou sua casa de sangue??? -permaneci em silêncio e sem me mexer.
-Safira... -insistiu Thomas.
-Cale a boca! Se for abrir a boca que seja só para dizer o quanto você achou prazeroso matar a mãe dela!! Que quando você se encontrou com Blair tudo o que você falava foi o quanto você tinha gostado de ver a respiração dela parar. Você adorou matar! Esse é o seu verdadeiro eu... E não aquele Beijamin bobo apaixonado. -por um segundo Safira ficou de costas para mim, minhas mãos estavam pegando fogo e pinicando por dentro, eu estava meio fora de controle ao olhar pro lado e ver a coleção de facas de meu pai. Peguei um dos fações que se encontravam do meu lado e enfiei no peito esquerdo de Safira, vendo ela se decompor em pó. Tudo ficou em silêncio, peguei a faca que estava no chão e olhei para Thomas.
-Sophia abaixa essa faca! -pronunciou ele.
-Abaixar a faca?? -eu gritava. -Você pensou eu abaixar a faca antes de matar minha mãe? -comecei a chorar e tudo que eu falava saia aos berros. De repente, sem nenhum esforço, Thomas se jogou no chão e se encolheu.
-A minha cabeça tá doendo. -ele reclamava. -Sophia pare! -seu nariz começava a sangrar e ele começava a se tremer. Seus poderes ficaram fracos então a muralha invisível tinha se desfeito. Thomas estava no chão e eu estava prestes a enfiar a faca em seu coração.
-Sophia, você não quer fazer isso! -ele dizia. Eu chorava. Até que Vincent pegou a faca de minha mão e Ben me levantou.
-Sophia, calma se concentra. Seus poderes estão fora de controle. -Vincent dizia. Eu olhava pra Thomas que agora tinha sangue saindo pelos ouvidos, pelo nariz.. Seu corpo tremia e ele sentia dor... E tudo isso era eu. Ele tirou meu anel, então meus poderes tinham sido ativados e eu não estava conseguindo controla-los.
-Sophia não olhe pra ele, olhe para mim. -dizia Vincent pegando em meus braços. -Olhe para mim! -ele insistia. Eu o olhei, o olhava com nojo e desprezo porque era tudo o que eu sentia ali...mesmo sabendo que não era Vincent que tinha me feito mal, eu não conseguia falar, estava hipnotizada.
-Ele vai morrer se você continuar. Tudo bem que ele merece, mas você tem que ter certeza de que quer isso! Você já matou a Safira, pense bem! -ele me olhou no fundo dos olhos e meu mundo ficou com mais cor, o ódio ia embora e eu só me dava conta dos olhos verdes de Vincent sobre os meus. Até que a dor que Thomas sentia, parou. E ele desapareceu sem dizer uma palavra.