capítulo 51

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Eu e Zayn íamos finalmente ter o nosso primeiro encontro. Era estranho termos um encontro depois de tudo que nós dois passamos. O telefone de casa tocou e me tirou dos meus devaneios.

- Alô?

- Alô, senhorita Paige, certo? Sua mãe esqueceu de alguns resultados de exames na última vez que veio aqui. Poderia vir buscar?

- Claro. - desliguei. Só de pensar em sair de casa já fiquei com vontade de voltar para cama, mas sai de casa e peguei o carro. Meu pai estava trabalhando e minha mãe estava dormindo até mais tarde, por isso não me importei de levar bronca por pegar o carro. Ia fazer dezoito daqui duas semanas. Eu fazia dia 25 de outubro e não era grande coisa pra mim, pois meus pais não acreditam em nenhum feriado, mas com idades importantes como dez, dezesseis, dezoito eu lembrava. Mas, normalmente só comiamos bolo na confeitaria e cantavamos minha música favorita do momento. Ano passado foi Rude do Magic. Daqui a uma semana seria New Thang do Redfoo. Ou o simples Happy birthday to you.

Vesti nada além de um jeans preto, uma camiseta com um lobo branco uivando na frente de um apanhador de sonhos e um all-star. Estava meio frio, mas nem considerei pegar uma jaqueta ou um cardigan. Chegando no hospital passei pela recepção do andar que minha mãe ficou e encontrei a médica de minha mãe parada anotando alguma coisa num formulário conversando abertamente com a enfermeira.

- Ah, olá, Katherine.

- Oi.

- Apenas espere um momento, os papéis estão na minha sala. Eu já volto.

Eu assenti com a cabeça e ela saiu andando em direção aos elevadores. Eu não pretendia fazer nada, mas então eu vi. No final do corredor vazio, o garoto com câncer que me fez querer fazer oncologia. Eu queria agradecer a ele e corri para alcança-lo. Ele me viu e gritou um sonoro e impassível - OI E TCHAU - acenou e virou o corredor. Dei uma aumentada no ritmo e alcancei a virada de corredores, passando pela sala onde eu o conheci.

Os corredores brancos eram um pouco mais deprimentes que os do hospital mental onde passei um tempo, mas os corredores chatos brancos me traziam mais segurança do que aqueles corredores cheios de pinturas coloridas. O corredor era mais longo que o anterior e só havia uma enfermeira andando e anotando. Corria e fui parada por um segurança que me proibiu de avançar com o braço.

- ME DEIXA PASSA!

A enfermeira, muito familiar, não lembro da onde, acho que pela verruga enorme viu a cena que acontecia ali e se aproximou. Se prostrou na minha frente com um olhar firme.

- Moça, aqui é área da UTI de pacientes cancerígenos. Ninguém tem permição de entrar aqui.

- Eu tava procurando um menino.

- Ninguém virou o corredor. - disse o segurança - Alucinação sua.

- Não foi! Era um garoto chamado... - estalei os dedos e o nome me veio a mente - Henry Lockwood.

Ela pareceu confusa. Olhou a prancheta que segurava e virou algumas páginas. Vi as páginas e tinha trezentos nome só começando com A. Deviam ser os registros hospitalar. Alguns nomes estavam riscados e muitos nomes pareciam ter sido colados em cima de outros. Tinha o nome, condição e área onde estava. Vi lá: Amberly, Paige. Na primeira página num segundo e o nome tinha um sinal de correto do lado.

hallucinations // zmOnde histórias criam vida. Descubra agora