The Cursed Heart

XI

Um conselho de amiga: caso você esbarrar com uma princesa, ignore-a e não tente ajudar, porque provavelmente ela não precisa de nada. Siga em frente e apague tal encontro da sua mente! Certo, se alguém me dissesse isso, também estranharia, mas vai por mim, tenho uma boa experiência para dizer isso. OK. Não vou adiantar nada. Vou contar a história como aconteceu, com seus devidos acontecimentos. Só queria passar o recado. Voltando a história...

Após mais algumas horas, meu estômago acabou anunciando o horário de almoço. Para a nossa sorte, chegamos a uma cidade vizinha. Olhei em volta, analisando a cidade. Era pequena, seus prédios não chegavam a três andares. As pessoas andavam tranquilamente pelas calçadas, dando a impressão que ali o tempo não passava ou que não importava.

Mason estacionou na frente de uma loja e virou-se para ver todos os rostos presente.
-Eu vou descer para comprar comida para nós.- anunciou ele.
-OK. Eu posso descer junto com o Príncipe Henry e comprar algo normal para ele e Cupido.- confirmou Chloe.
-Mas o Cupido não pode sair do carro. Veram as asas dele.- confessou Mason.
- Vamos fazer assim: Enquanto Mason compra comida, Chloe e o Príncipe pode ir e compra o que tem que comprar. Eu e Cupido podemos esperar no carro. Não estou afim de ficar andando.- propus.
-Certeza?- perguntou ele, arqueando as sobrancelhas.
-Claro.- respondi, sem muita convicção.
-Tudo bem.- disse ele.
-Então, vamos?- perguntou Chloe.
-Sim. O que vão querer para comer?- questionou Mason, olhando para mim.
-Eu não sei direito...- Príncipe começou a responder.
-Eu sei. Anota aí, garçonete. Quero um hambúrguer duplo, três copos médios de refrigerante, batata frita e de sobremesa, chocolate.- falei, sorrindo.
-Sério isso?- perguntou o Mason, chocado.
-Sim.- afirmei.
-E esse hambúrguer é bom?- perguntou o príncipe.
- Uma delícia.- disse eu.
-Quero um também.- confessou Cupido.
-Idem.- afirmou o Príncipe.
-Eu quero um hambúrguer simples.- falou Chloe.
- OK. Eu vou lá. - anunciou Mason.
-Eu também. Vamos, Príncipe Henry?- perguntou Chloe.

Ele apenas assentiu. Antes de sair, Mason me deu um beijo rápido.

Tem certeza que vai ficar bem, perguntou ele.
Claro. Vai logo! Estou com fome, argumentei.
OK. Volto o mais rápido possível, anunciou ele e saiu do carro.
Não sairei daqui, confessei.

Logo os três se misturaram no meio da população. Observei-os tomar dois rumos diferentes. Espalhei-me no banco e tirei meus tênis. Respirei fundo, pensando. Porque eu tinha falado aquilo? O clima estava tenso. Eu não sabia se queria falar com ele. Tipo ele era O Cupido. Aquele ser místico que coordenava quem fica com quem. Sem percebe, ele dava um certo medo, principalmente por parecer uma pessoa adulta e não um bebê aloprado de fraldas e arco de flechas com corações na ponta. Hahaha. Ali estava eu, Alexa Blaschke, com medo da Fada dos Dentes gigante. Chegava a ser tosco! A Marca tinha algum valor, não é? Ela simbolizava muito mais do que aparentava. O Cupido não poderia separar pessoas com tal ligação. Eu acho. Droga! Agora eu sabia como Mason se sentia.

Do nada, vi algo passar entre meu banco e o do lado. Olhei com mais atenção e vi o Cupido se arrumando no banco do motorista. Eu ia avisá-lo a não se aproximar tanto do volante, quando ele acabou batendo o rosto. Eu juro que tentei com todas as minhas forças, mas foi impossível não rir do acidente.
-Você está legal?- perguntei, trincando os dentes numa tentativa de conter a gargalhada.
-Acho que não.- afirmou ele, colocando a mão no nariz.

Puxei a caixa de isopor que estava debaixo do meu banco e tirei um cubo de gelo. Enrolei em um pano que estava por cima e abaixei as mãos de Cupido da região.
-O que está fazendo?- perguntou ele, surpreso.
-Salvando a pátria.- e coloquei o gelo em seu nariz. Puxei uma das suas mãos e a afirmei, segurando o cubo.- Segura firme! O gelo vai amenizar a dor e diminuir o inchaço.
-Obrigado.- agradeceu, olhando o gelo.
-Não foi nada. Eu vivo me machucando. Sei alguns truques.- expliquei.