YURI
- Cara, você precisa relaxar. - disse André, meu melhor amigo e trabalhava comigo no escritório de advocacia.
- André, você não tem nada pra fazer não é? Porque eu estou atolado de trabalho. - falei super grosso com aquele cara incoveniente.
- Yuri, já faz dez anos, cara, parte pra outra. A Melissa tem uma amiga que tá louquinha por você. A gente pode marcar de sair os quatro.
- Avisa a sua noiva pra parar de me arrumar mulher, eu estou muito bem como estou. - falei impaciente.
Graças a Deus o telefone tocou pra dar uma pausa naquele assunto chato que o André sempre teimava em mencionar.
- Fale. - fui ríspido com a minha secretária.
- Doutor Lee, sua mãe está ao telefone e insiste em falar com o senhor. - Aquilo me tirou mais ainda do sério.
- Clarissa, o que eu disse pra você falar pra essa mulher quando ela me procurasse? - dei um berro que assustou André.
- Que o senhor morreu. - falou com a voz trêmula.
- Então diga a ela que eu morri. - desliguei o telefone na cara dela.
André estava me olhando com uma cara que não consegui decifrar. Eu apenas voltei ao meu trabalho. Anna era a mulher que eu sempre amaria e ela sempre estaria em meu coração e por causa da minha mãe, a mulher da minha vida não estava mais comigo.
- Yuri, eu sou seu amigo há vinte anos, cara, eu tô preocupado com você. - André começou mais uma vez o seu falatório, eu estava de cabeça baixa e fingi que continuava trabalhando. - A Anna se foi e você não pode viver a vida toda esperando algo que não vai acontecer. Você tem que abrir seu coração pra alguém de novo, parar com essas noitadas, tranzar com um monte de mulher não vai preencher o vazio dentro de você.
Me levantei e comecei a arrumar minhas coisas.
-André, eu não aguento mais essa sua conversa de viado. - ri sem o menor senso de humor. - Tchau.
- Você vai sair?
- Você esqueceu que eu tenho que ir na faculdade participar daquela entrevista com os alunos da graduação de direito? - falei irritado. Aquela conversa toda só completava a minha irritação. Só ía pra essa maldita entrevista porque um dos meus melhores clientes tinha pedido, a filha dele estava se graduando.
ANNA
- Como foram as aulas de hoje, Anna? - falou Rebeca, minha amiga e professora na mesma faculdade que eu ensino.
- Foram ótimas, você sabe como eu adoro ensinar e meus alunos são maravilhosos.- falei com a empolgação de sempre.
-Você viu o professor novo que chegou? - Rebeca falou no maior entusiasmo.
-Vi mas não fui muito com a cara dele. - falei desdenhosa olhando pra minhas unhas que estavam precisando de uma manicure urgente.
- Meu Deus, Anna, você precisa parar com essa cisma. - levantei meus olhos para olhar Rebeca. - Nem faça essa cara. - bufei. - Todo cara asiático que aparece você não gosta, logo detona. Qual o seu problema com a Ásia, hein? - Rebeca falou de uma maneira tão engraçada que me fez rir.
-Ai Rebeca, você não existe. - Ri de novo. - Eu não tenho cisma nenhuma, é apenas coincidência. Vamos tomar um suco na lanchonete - falei mudando de assunto - que eu ainda tenho que ir pra tal entrevista daquele advogado que deve ter o ego do tamanho do mundo. - ela me olhou torto. - Não. Deve ser maior que o mundo. - gargalhei.
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Uma segunda chance ( finalizado )
RomanceAnna tinha apenas 17 anos quando o viu pela primeira vez, ela estava com sua cadelinha Tina dando um passeio num parque daquela grande cidade onde se encotrava sozinha. Ele estava fazendo cooper somente de short, com um boné virado pra trás e fones...