20 - Primeiras lembranças

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YURI

A festa foi bem movimentada ontem. Tudo estava perfeito até pessoas inconvenientes apareceram. Pessoas que não querem a nossa felicidade mas eu não permitirei que essas pessoas destruam o que temos, o nosso amor é por demais precioso  e eu não deixarei que vençam. Mas a noite acabou bem. Ter Anna em meus braços adormecida era algo  extraordinário. Como eu a amava. Adormeci abraçado ao meu amor.

De madrugada senti Anna se mexendo na cama, acordei com os movimentos e com o que ela falava. "Não, não, não."Ela estava com a testa toda suada e chorava.

- Anna, amor, acorde.- uma tentativa frustrada. 

Acendi a luminária ao lado da cama. Chacoalhei-a com cuidado.

- Vida. Acorde. É apenas um sonho.- não adiantou. - Anna. - chacoalhei mais forte e quase gritei seu nome. 

Enfim ela acordou, olhou pra mim e começou a chorar. Anna tremia.

- Vida se acalme, foi só um sonho ruim.- tentei reconfortá-la mas não estava adiantando muito, Anna não parava de chorar.

Tentei me levantar pra pegar um copo d'água mas Anna me deteve.

- Não me deixe, por favor.

- Só ia pegar água pra você, amor.

- Eu não quero. Só fique aqui e me abrace. - falou em meio as lágrimas, então a abracei mais forte e esperei.

Parecia uma eternidade, mas enfim ela se acalmou. Me olhou bem no fundo dos meus olhos.

- Eu tive um sonho estranho, amor.- Anna falou hesitante.

- Foi só um pesadelo, vida.- tentei acalmá-la.

- Não parecia um sonho. Parecia uma lembrança. - balançou a cabeça negativamente. - Eu só posso estar ficando louca.

- Por que você não me conta? 

- Não sei... - parecia ainda mais hesitante.

- Você pode falar qualquer coisa, vida. Confie em mim. Por que você diz que parecia uma lembrança e não um sonho? - ela pensou um pouco mas começou a falar.

- Porque eu estava mais jovem no sonho, eu parecia uma adolescente, parecia que tinha 17 anos outra vez. -gelei. - Eu estava voltando de alguma aula porque estava com mochila e livros nas mãos. - ela parou e me olhou.

- Sim, vida, continue. - a encorajei.

- Parei num prédio de três andares, parecia ser ali a minha casa. Foi então que vi a sua mãe.

- Minha mãe? - espantei-me.

- Sim, ela estava me esperando. Convidei-a pra subir, ela aceitou. Mas não parava de reclamar quando descobriu que eu morava no segundo andar e não tinha elevador. Quando entramos no apartamento, ela se sentou no sofá e ficou analisando meu apartamento. Então um diálogo se seguiu:   - Eu soube que você e meu filho Yuri estão juntos.

                  - Sim, nós estamos namorando.

                  - Namorando?- ela sorriu debochadamente. - Como meu filho pode estar namorando você se                   ele está noivo?

                  - Noivo? - espantei-me - A senhora deve estar equivocada.

                  - A única equivocada aqui é você, mocinha. Meu filho só está com você pra passar o tempo.                       Pra se divertir. Nós somos de uma boa família, a noiva dele também e você... -olhou com                           desprezo pra minha casa. - Bem, você não é ninguém. - sorriu. - Bom , mas pra acelerar o                           término desse relacionamento de vocês, quanto você quer pra deixar o meu filho em paz? -                       fiquei indignada.

Uma segunda chance ( finalizado )Onde histórias criam vida. Descubra agora