11 - Reencontrando Tina

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ANNA

Saímos do escritório e nos dirigimos até a casa do Yuri. Como no outro dia era fim de semana, resolvemos ficar juntinhos. Eu estava explodindo de felicidade. Aquele homem maravilhoso me amava e eu gostava cada vez mais de estar com ele, eu me sentia amada e segura em seus braços. 

Assim que Yuri abriu a porta, uma linda cachorrinha veio nos dar as boas vindas. 

- Oi, Tina. - Yuri a saudou. - Você sentiu saudade do papai? - ele se abaixou para pegá-la mas a cachorrinha veio em minha direção, ela me cheirou e latiu como se tivesse dizendo prazer em te conhecer. - Essa é a Anna, Tina, minha namorada. - eu ri.

- Olá, Tina, se você fosse macho eu diria que seu dono está novamente demarcando território - olhei pro Yuri e rimos. - mas como você é fêmea tenho certeza que ele quer que sejamos amigas.- rimos novamente. Peguei a cachorrinha no colo e ela se aninhou em mim. Olhei para o Yuri. - Parece que ela gostou de mim.

- Parece sim. - ele me abraçou - Que tal tomamos um banho?

- O senhor está querendo me seduzir? - falei manhosa.

- Não, não. Só quero tomar um banho gostoso  e muito bem acompanhado. - rimos e ele me deu um selinho.

- Será que a Tina deixa? Parece que ela me amou.

- Não é só ela que te ama aqui. - eu ri. - Com licença, Tina. - Yuri a tirou dos meus braços e a colocou numa caminha de cachorro. Ela ficou quietinha.

- Tão bonitinha. 

Yuri me levou até seu quarto.

- Aqui é o nosso ninho de amor. - eu gargalhei. - Ele me beijou apaixonadamente. Meu Deus, eu estava louca por aquele homem. - Vem, vamos tomar banho.

O banheiro era um sonho. Três banheiros meus cabiam lá dentro. Uma banheira gigante e totalmente convidativa ficava no centro. Eu estava admirando o banheiro quando ele me prensou na pia e me deu outro beijo, mais gostoso que o do quarto. Ele começou a tirar a minha roupa. Tirou meu vestido, sua boca voltou-se para o meu pescoço e seus beijos molhados começaram a me arrepiar.

- Ah, Anna, como eu sonhei com o dia que eu te teria inteira em meus braços. - comecei a tirar a roupa dele. Mas nossos beijos não paravam.

Fizemos amor naquela banheira. Depois Yuri quis me dar banho. Sorri com essa ideia maluca dele mas gostei. Ele passou xampu e massageou meu cabelo, que sensação mais gostosa. Depois passou condicionador e eu adorei. Peguei o xampu e fiz o mesmo com ele. Depois peguei o sabonete líquido e comecei a ensaboá-lo, quando peguei o seu membro e passei as mãos ensaboadas, ele gemeu. Ele  ensaboou todo o meu corpo e eu estava muito sensivel ao seu toque. Fizemos amor mais uma vez.

Saímos da banheira, ele me deu uma toalha felpuda e gostosa. Depois que me enxuguei, me enrolei com a toalha. Yuri  enrolou a toalha um pouco abaixo da cintura e seu corpo a mostra me deixava realmente sem ar, até de tolha ele ficava perfeito.

- Você é linda, srta Anna. - me beijou.

- Ei, você não se cança disso.

- Eu nunca me canço de você, minha Anna.- me deu um selinho.

- Eu estou morrendo de fome. - ele ainda me segurava pela cintura.

- Desculpe, vida, é que eu só tenho fome de você. - me deu outro selinho.

- Vida? - falei meio em dúvida. Isso tudo está indo rápido demais.

- Sim, vida. Eu sou tão apaixonado por você, Anna, eu te amo tanto. Minha vida nunca mais foi a mesma depois que você entrou nela. Então, vou te chamar assim. Vida. - eu sorri e agora eu dei nele um selinho. Decidi não pensar demais e aproveitar o momento. - Você não gosta? Prefere que eu não te chame assim?

- Não. Pode me chamar assim. Eu achei lindo. É só que ... me pareceu familiar.

Me desvencilhei do seu abraço e me virei para o espelho para pentear o cabelo. Yuri tirou a toalha e vestiu uma cueca box branca. Ele se posicionou ao meu lado de frente pro espelho e também penteou o cabelo, ele pegou o desodorante mas percebeu que tinha acabado e o jogou na lixeira.

- Vida?

-Oi. - continuei penteando o cabelo mas o olhei pelo espelho.

- Preciso pegar umdesodorante novo...

- Deixa que eu pego. - Automaicamente abri a última gaveta que estava do meu lado e peguei um desodorante novo, o entreguei, mas Yuri me olhava intrigado. Então eu percebi que ele não me disse onde o desodorante ficava mas de algum modo eu sabia.

Eu fiquei um tempo sem reação.

- Vem, vou te dar uma blusa minha e uma cueca.- eu sorri mas fui com ele. 

Fomos até seu closet e me deu uma blusa branca que ficou enorme me mim e uma cueca box azul, coloquei mas escorregou, rimos juntos. Tirei a cueca.

- Vou ficar só com a camisa , ela já cobre tudo.

- Se você preferir, pode desfilar nua pela casa, eu não ligo. - deu um sorriso de tirar o fôlego até da mulher mais puritana.

- Mas eu ligo, seu tarado.

Yuri me deu um beijo de leve e me conduziu até a cozinha americana. Ele me pediu pra sentar e esperar pelo jantar delicioso. Ele parecia bem desenrolado dentro da cozinha. Olhei pra Tina e ela estava dormindo na sala em sua "caminha".

- Quantos anos Tina tem?

- Onze.

- Caramba. Você está com ela desde que nasceu? - ele me olhou de um jeito que eu não soube interpretar.

- Não. A dona dela era outra pessoa.

- Quem? - ele ficou em silêncio um bom tempo, preparava a comida, mas percebi algo estranho. - Uma ex-namorada? - ele que parecia disperso me olhou nos olhos.

- Sim. Tina era de uma namorada. - Quando abri a boca para saber mais, ele me interrompeu. - Anna, você prefere molho branco ou vermelho? - voltou a olhar pra comida. Percebi que ele queria que eu parece com aquele assunto.

- Branco.

Saí da cozinha e fui olhar seu apartamento. Era aconchegante e acolhedor.

- Vida, coloca um cd pra tocar.

- Qual?

- Escolhe um.

- Tá.

Olhei os diversos cds que Yuri tinha e escolhi uma coletânea com o título "O melhor dos anos 80", eu adorava aquele cd e Yuri o tinha também. Jantamos ao som de músicas românticas. Com um vinho maravilhoso. Conversamos sobre várias coisas durante o jantar mas a pulga ainda estava atrás da minha orelha sobre a ex-namorada dona da Tina. Quando terminmos, Yuri me chamou pra dançar. Nos beijamos e nossa noite terminou na cama, fazendo mais uma vez amor. Adormeci em seus braços.


YURI

Eu parecia um bobo olhando a mulher da minha vida dormindo. Durante dez anos terríveis eu a imaginei em meus braços, eu lembrava do seu cheiro, do sabor dos seus beijos, da sua pele macia e desejava que aquele pesadelo não fosse verdade. Passei por momentos difíceis demais, quando me dava conta que não a teria mais, não a veria mais, não a sentiria mais. Minha Anna, minha vida. O meu pesadelo acabou assim que te reencontrei. Você me ama, Anna, por favor, lembre logo de mim. 

Hoje quando te chamei de vida você pareceu confusa mas disse que era familiar. Claro que é familiar, eu sempre te chamei assim.  Você sabia onde guardo os produtos de higiene pessoal, você lembrou. Eu te fiz escolher um cd e você escolheu o que sempre escolhia quando tínhamos um jantar romântico. Tina te reconheceu na hora, ela sentiu sua falta tanto quanto eu. Nunca mais te deixarei ir, minha Vida.

Estar com você, sentir seu cheiro, seu sabor, fazer amor com você de novo me faz o homem mais feliz do mundo. Agora, Vida, só falta você lembrar de mim, do seu amor por mim. 

Adormeci sentindo o cheiro doce da minha vida, da minha Anna.








Uma segunda chance ( finalizado )Onde histórias criam vida. Descubra agora