12 - Você me chamou de amor?

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YURI

Acordei primeiro que Anna e fiquei a admirando. Meu Deus, como eu a amava. Ela estava virada pra mim, seu sono era tranquilo. Ela se espreguiçou e virou para o outro lado. Ah, não, Vida, eu tenho que continuar olhando seu rosto. Passei meu braço embaixo do seu pescoço e a trouxe novamente para virar-se pra mim. A abracei e fiquei sentindo o seu cheiro. Depois de algum tempo, Anna abriu os olhos e olhou para mim. O sorriso que ela me deu naquele momento iluminou-me ainda mais.

- Bom dia, minha vida.

- Bom dia. - se espreguiçou e depois me deu um beijo. - Eu estou morrendo de fome. - rimos juntos.

- Então vamos comer porque se ficarmos aqui você já sabe... - a beijei mais intensamente.

Depois do beijo, ela se desvencilhou de mim e pulou da cama.

- Vamos fazer nosso café, pra ser devorada por você eu preciso primeiro preencher o vazio do meu estômago. - falou com a voz mais sapeca do mundo.

Anna foi em direção a cozinha e eu fui atrás. Abriu a geladeira e pegou laranjas pra fazer suco. Pegou verduras e ovos para fazer omelete.

- Você gosta de omelete, Yuri?

- Adoro. - ela sempre fazia omelete quando dormia aqui, inconscientemente ela sabia.

Fui colocar uma música e escolhi Jota Quest. Nós curtíamos muito e até já fomos juntos pra vários shows da banda. Quando me virei, ela estava virada pro fogão cantando e rebolando. Fiquei louco só de lembrar que ela não vestia nada por baixo da minha camisa. Decidi ir lá e fazer amor com ela na cozinha mesmo mas Tina foi mais rápida que eu, correu em sua direção e ficou pedindo sua atenção.

- Bom dia, amorzinho, você acordou tarde, hein! - Anna se abaixou e cheirou Tina. Depois voltou a fazer o omelete.

- Tina está velhinha, dorme muito.

- Como Tina veio parar com você? - ela continuou de costas pra mim, virada para o fogão. Eu sabia que ela tinha ficado curiosa e com ciúmes quando falei que Tina foi de uma namorada.

- A dona da Tina foi embora e eu fiquei com ela. - ela se vira pra mim com um olhar que não consegui decifrar.

- Essa sua namorada te deixou? - o ciúme estava cada vez mais visível.

- Não exatamente.

- Você a deixou?

- Não. - a resposta veio rápida demais e seu olhar foi de ciúme a raiva.

- Você está sendo muito evasivo, Yuri.

Fui até ela e dei um cheiro em seu pescoço que a fez se arrepiar.

- Só não quero que você se chateie sem motivo. - falei com a boca em seu pescoço.

Anna me empurrou notoriamente enciumada e aquilo me fez rir. Anna com ciúme dela mesma.

- Vamos comer. 

Sentamos no balcão da cozinha americana.

- Humm, está uma delícia, Vida. - Anna não olhou pra mim e nem disse nada. Aquilo era muito divertido. Ela pegou meu copo para pôr o suco.

- Não coei o suco e não coloquei açúcar. Do jeito que você gosta.

Ela lembrou de mais uma coisa. Eu gostava do suco de laranja bem natural. Quando ela percebeu o que tinha falado, se virou pra mim.

- Quero dizer, acho que é assim que você gosta. Mas se não é, posso coar agora. - foi pegando meu copo e eu a impedi.

- Não, Vida, é exatamente assim que eu gosto.

Uma segunda chance ( finalizado )Onde histórias criam vida. Descubra agora