14 - Um fantasma chamado Sabrina

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ANNA

Fiquei super envergonhada por ter feito todo aquele escândalo. Eu não parava de chorar, só de pensar em perder  o Yuri, perder o meu amor. Enfim contei toda a minha história pra ele, falei do acidente, do meu amor do passado, do bebê que eu perdi. Não sei explicar o que vi em seus olhos quando lhe contei tudo. Tristeza, angústia, medo. Não sei. Mas acho que ele entendeu minha dor e a compatilhou comigo.

Acordar nos braços do Yuri naquela manhã me fez sentir um alívio, ele estava ali comigo, era meu, me amava e eu o amava perdidamente. Não poderia perdê-lo. Quando ele retornou do trabalho, eu tive uma sensação tão boa, como se meu coração estivesse esperando por ele a minha vida inteira. Como se só ele pudesse preencher o vazio que por vezes eu senti. Me lembrar que tinha uma época na minha vida que eu não lembrava, era uma página vazia na minha história, sempre me deixava angustiada. Mas depois que o conheci, aquela angústia sumiu. Agora eu tinha o Yuri e aquele espaço em branco não significava mais nada. Porque o homem da minha vida tinha preenchido tudo, nada estava vazio. Claro que eu gostaria de lembrar daquela época, mas ter esquecido não me torturava mais. Eu estava feliz.

Depois do espetáculo que eu dei naquela noite, tudo voltou ao normal. Nossa vida seguia tranquila. Até um fantasma voltar a me incomodar. Era uma sexta-feira, a semana na faculdade tinha sido cansativa, alguns problemas surgiram e acabaram me estressando. Mas, enfim, tudo estava resolvido mas as minhas forças foram sugadas. O que me alegrava era que era uma sexta-feira e eu ficaria todo o final de semana grudadinha no meu amorzinho de olhos puxados.

Quando cheguei no escritório fui logo toda feliz falando com Clarissa. Parecia que só o fato de logo logo ver o Yuri minhas forças já estavam voltando.

- Boa tarde, Clarissa.- ela me olhou estranha.

- Oi, Anna. -falou meio desconfiada.- Os seus dois clientes confirmaram presença hoje.

- O que você tem, Clarissa? - perguntei desconfiada.

- Ai, Anna...

- Fala, criatura. -quase gritei

- Aquela mulher, a Sabrina, está na sala com o dr Lee.

Não é possível. Meu sangue ferveu. Como o Yuri recebeu aquela mulherzinha de novo? Não falei mais nada com a Clarissa, simplesmente me virei e entrei na sala do Yuri sem nem ao menos bater na porta. Quando entrei, Yuri estava na sua cadeira e a tal Sabrina na cadeira em frente a mesa. Os dois me olharam.

- Boa tarde. 

Eu tinha um sorriso nos lábios mas dentro de mim o fogo do ciúme me queimava.

- Boa tarde. - respondeu a tal Sabrina com cara de poucos amigos. Ah, queridinha, não me olhe assim, você não me conhece.

- Anna? Chegou cedo. - fui pra perto do Yuri, sentei em seu colo e tasquei-lhe um beijo de escandalizar.

- Saudades de você, amor.- olhei bem em seus olhos que pareciam confusos e depois meus olhos foram ao encontro dos olhos raivosos daquela oferecida.- Clarissa me disse que você estava com uma amiga. Não vai nos apresentar? - sorri vitoriosa.

- Claro, amor. - Yuri voltou ao seu normal.- Essa é Sabrina Park, uma amiga de infância minha e de André. Sabrina, essa é Anna Vasconcellos, minha namorada.

- Muito prazer, Sabrina Park. -fui irônica.

- Não posso dizer o mesmo, Anna Vasconcellos.- dei uma gargalhada virando a cabeça pra trás.

- Eu também não mas a minha educação não me permitiu ser tão sincera.- continuei sorrindo e nossos olhos fuzilavam uma a outra.

Nesse momento André entra meio estabanado. Mas se acalma assim que nos vê tranquilos. Ele fica calado apenas nos observando.

Uma segunda chance ( finalizado )Onde histórias criam vida. Descubra agora