Eu estava super mega feliz e nervosa, faltava pouco!
"Matthew Hudson assume a segunda posição, estamos quase terminando, quem será que vai ganhar? Porque ele ainda tem chances de vencer essa corrida e levar o prêmio!!!"
Enquanto o narrador falava, eu...
"É ele!!! Matthew passou o primeiro colocado no último minuto da corrida!!! Matthew é quem leva o carro mais desejado do mundo!
Parabéns Campeão!"Bom, você entendeu.
Matt me olhou com o sorriso colado nas orelhas, e estava até emocionado, porque para quem não jogava a um bom tempo eu havia mandado super bem. Mas não me gabei muito disso...— Feliz doutor Matt?
— Muito, Maggie Laurence.
— E então vamos?
— É... Vamos!
Até que enfim eu iria para casa! Matt pegou a chave do carro, fomos para garagem, ele abriu a porta para que eu entrasse, ligou o carro, deu ré e agora, sim, indo para casa!
Ele ligou o som, e começou a tocar November Rain!
CARA ELE OUVE GUNS? — isso foi meu pensamento na hora.— Hey Mag, você gosta dessa música? Ou nem conhece?
— Lógico que conheço, amo!
— Hmm... Isso mostra que seu gosto musical é bom!
— Claro.
— Então vamos cantar!
Da casa dele até a minha são uns poucos minutos, fomos cantando enquanto chegávamos.
Ele era afinado e tinha um timbre bonito.
Sério, não é querendo fazer propaganda, ele realmente cantava bem.Ele não sabia ao certo onde eu morava.
— Então Mag Laurence, onde é sua casa? — Interrompeu a cantoria.
— Dois quarteirões à frente.
— Okay.
Passou os quarteirões e chegamos.
— Então, essa é minha casa Matt.
— Que lindo jardim, não?
— Obrigada! Bom, preciso entrar, beijos, fique com Deus, boa noite, mais uma vez obrigada.
Caraca, porque foi que eu me enrolei toda para uma simples despedida? — pensei enquanto sentia minhas bochechas queimarem de vergonha. — Beijos? Sério, Mag? Quem se despede pessoalmente dizendo "beijos" ao invés de cumprimentar com um beijo?
Ele olhou pelo espaço aberto na janela.
— Boa noite, Mag, te desejo o mesmo.
Deu partida.
— Ah e tome cuidado a próxima vez que for correr por aí! — saiu rindo, buzinou e foi embora cantando bem alto, Sweet child o'mine.
Como minha mente estava cheia de novas informações, a única coisa que eu desejava era um banho quente, um puf e uma xícara com chocolate quente.
Entrei, minha mãe estava parada no corredor olhando fixamente para mim e logo perguntou:
— Mag, por que essa demora toda? Olha a hora que é!
Olhei para o relógio, não era tarde, mas também não era cedo. Enfim, era meia-noite e meia.
— A senhora está brava?
— Não muito... Mas só quero te lembrar que amanhã é feriado e sairemos daqui a seis horas da manhã.
— Nossa! E aonde vamos mesmo?
— Para a casa da sua tia Milly.
— Okay.
Ah, meu DEUS, eu não queria viajar. Estava quase literalmente quebrada!
E a tia Milly é daquelas tias assim "E os namorados como estão? Pode falar, não conto para a sua mãe. E a escola tá indo bem? E as notas?" E esse blablablá todo.
Mas como eu não tinha a opção de escolher ficar em casa, eu aceitei e fui para cima, para poder fazer o que tinha planejado: tomar um banho quente, deitar no puf e tomar chocolate quente.Não podia esquecer de falar com a Lili. Aliás, precisava do endereço dela, porque tinha que mandar a carta, e isso eu só pensei depois que cheguei em casa mesmo, ainda bem que cai, porque ia chegar lá no correio e não ia adiantar nada, teria que voltar para casa e ficar entediada como quase sempre.
Enfim, fui para o momento beleza.
...
Terminei de me arrumar, fui à cozinha, preparei o chocolate quente, peguei um pacote de torrada, subi correndo para o quarto, coloquei meu lanche na mesinha do lado do puff, liguei a TV bem baixinho, peguei meu celular e finalmente me joguei.
Desbloqueei o celular, e entrei no WhatsApp para falar com a Lili, ela me disse ter novidades e fomos conversando sobre vários assuntos:
• Escola
• Novas amizades
• Viagens
• Saudade
etc.É claro que eu não me esqueci da tia Kelly, perguntei como ela estava, afinal isso era uma das coisas mais importante para ambas. Lili me disse que sua mãe estava reagindo bem e que em breve poderia receber alta e voltar para casa. Era uma boa notícia, eu fiquei feliz e torcia pela recuperação rápida. Afinal, eles eram nossos amigos mais próximos, como parte da família.
Continuamos a conversar, também falamos sobre meu dia na casa do Matt, e como as coisas estavam. Eu estava sem sono, mesmo não querendo ir para a casa da tia Milly, eu de certa forma estava ansiosa. Depois de uns seis meses estudando, e indo para casa, e nos finais de semana ir para a igreja, eu finalmente ia viajar.
AH, QUE ÓTIMO! Me sinto renovada a cada viagem que faço.
Lili me disse que também estava sem sono, então juntamos nossa insônia e ficamos falando coisa com coisa, rindo do nada, e matando a saudade.
Ficamos conversando até as quatro da manhã, e Lili acabou dormindo enquanto digitava.
Como percebi que ela havia pegado no sono, aumentei o volume da Televisão, e mudei para o canal Telecine, tava passando Os Vingadores: Era de Ultron.
E bom, eu gosto bastante desse filme então fiquei assistindo, fazia só uns cinco minutos que havia começado, ou seja, estava bem no começo ainda.Fui para a cama, tentar dormir enquanto via TV, mas foi meio que impossível, o filme era muito legal, eu tava sofrendo de insônia, e ansiosa. Não conseguia dormir de maneira alguma, porém umas seis horas eu já teria que estar pronta para não atrasar a viagem, se não mamãe ia ficar muito brava e o papai também. Tentei contar carneirinhos, ouvir músicas daquelas playlist de 'sono', 'som do mar', 'som da chuva', mas parecia não adiantar. Aliás, o barulho de água me deixava com vontade de ir ao banheiro ou com sede. Então, comecei a fazer uma autoajuda para cair no sono.
"Vamos Mag você tem que dormir!"
Fiquei repetindo mentalmente para ver se ajudava.O celular vibrou.
"Quem será a essa hora? Não sei, e não tô afim agora."
Resolvi não ver, afinal era quatro e quarenta da madrugada, me poupe né.
Mas algo começou me incomodar, queria realmente saber quem era. É tão difícil ser curiosa e ansiosa.
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Sem essa de era uma vez
Teen FictionQuem é que nunca ouviu uma história começada em "era uma vez" e todo esse blábláblá? Eu, particularmente, até gosto de conto de fadas e etc. Mas essa história, na verdade, é sobre mim. Muito prazer, sou Maggie. Escrevi esse livro para contar pra v...