Ficamos lá por mais uns quinze minutos, e de repente percebemos que já havia passado da hora de ir para casa.
— Mag, já está bem tarde, vamos?
— Sim!
Já era meia-noite e algumas bolinhas, contando duas horas de viagem aproximadamente, chegaríamos em casa lá pelas duas horas e meus pais provavelmente estariam loucos.
Então fomos para o carro, e partimos embora. No caminho todo fomos conversando e falando sobre a escola, os amigos, o futuro...
Bom, exatamente as duas horas e quinze da madrugada, chegamos na porta da minha casa.
Matt me olhou sorrindo e disse:
— Essa foi a melhor noite e o melhor jantar da minha vida.
— Digo o mesmo.
Então ele se aproximou me abraçou, deu um selinho, e antes que eu abrisse a porta ele desceu e abriu para mim.
Cavalheiro né? Garotas, uma dica para vocês, saiam com caras assim!
Enfim, eu desci novamente, nos abraçamos e eu entrei.
A luz da sala estava acesa, mas MEUS pais estavam no quarto.
Fui andando, tomando cuidado para não fazer barulho e subi a escada, entrei no meu quarto, liguei a luz, sentei na cama e mandei mensagem para Lili.
Nosso encontro foi o máximo, preciso te contar tudo amiga!!!
Deixei o celular na cama e troquei de roupa, até aí estava tudo perfeitamente em silêncio, porém na hora que eu estava colocando o short do pijama, eu fiz a arte de enroscar o pé nele e PUFT! Adivinha? Cai no chão, e fez o maior barulho.
Merda! — só deu tempo de pensar isso.
— Maggie Laurence Smith! — disse meu pai.— Ooi?! — eu disse baixinho, enquanto terminava de colocar o short.
— Desça aqui agora, mocinha!
— Já estou indo! Posso ir ao banheiro primeiro?
Aquela leve desculpa que a gente dá, para enrolar.
— Não! Eu disse A-GO-RA!
A coisa estava realmente feia, ele me chamou pelo nome completo, disse mocinha, e ainda disse agora dividido em sílabas!
Desci com um medinho...
— Oi, mãe, oi papai!
— OI — eles disseram juntos.
— O que foi? — perguntei da forma mais inocente possível.
— Como assim, o que foi? — meu pai falou.
— Você viu que horas são, Maggie? — desta vez, está claro que foi minha mãe.
— Sim, me desculpe.
— Desculpas? — minha mãe falou asperamente — Eu já estava preocupada, nem dormi ainda!
— Calma Megan! Querida, por que demorou tanto? - disse papai, com calma.
— Fui jantar e depois passear um pouco... — eu disse em tom baixo e cabeça baixa.
— E para onde você foi? — perguntou minha mãe.
— Toronto.
Agora tomei de vez — pensei.— O QUÊ? — disseram unânimes.
— Com quem você foi Maggie? — meu pai perguntou.
— Com Matthew Hudson.
— E quem é esse rapaz?
— Um amigo meu.
— Ah! Já sei, é o filho da Dona Cloe, não é? — minha mãe perguntou, dessa vez calma.
O que estranhei, mas tudo bem.— Sim, mamãe, ele mesmo!
Meus pais se olharam e meu pai disse:
— Hm... sorte sua que somos amigos da mãe dele, agora venha aqui! — falou meu pai.
Fiquei meio surpresa e fui.
Eles me deram um beijo e disseram para eu não fazer mais aquilo e era para eu subir para o quarto JÁ!Eu obedeci, claro.
Subi, arrumei os lençóis da cama e deitei, peguei o celular e Lili havia respondido, e muito.Jura?
Como foi?
Ele foi carinhoso?
Vocês se beijaram?
Ele é legal?
O que vocês conversaram?Maaaag me responde, sua boba.Vai demorar mesmo?Vou te agredir.
Eu ri, a Lili às vezes faz coisas tão nada a ver com nada. Isso me faz feliz.
Calma, Lili, já voltei.
Calma nada, Maggie, você me deixou falando sozinha!
Problemas técnicos querida
Haha sem graça, agora me conta tudo.
E claro, eu passei a madrugada inteira contando para ela, fui dormir lá pelas quatro e meia. Bom, não descreverei nossa conversa por que você já sabe tudo o que aconteceu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sem essa de era uma vez
Novela JuvenilQuem é que nunca ouviu uma história começada em "era uma vez" e todo esse blábláblá? Eu, particularmente, até gosto de conto de fadas e etc. Mas essa história, na verdade, é sobre mim. Muito prazer, sou Maggie. Escrevi esse livro para contar pra v...