O grande dia

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Como Lili ia chegar às nove horas aqui, eu não quis ir para a escola. Então quando minha mãe foi me chamar no quarto pela manhã, pedi com jeitinho para que ela me deixasse faltar, e ela deixou.

Só esqueci que quando eu e Emilly nos conhecemos, eu havia combinado de ir com ela para a escola, já que ela estava morando na minha rua.
Tive que ligar para ela, e me desculpar, porque eu realmente não iria aquele dia.
Aproveitei e avisei Matt também, que de prontidão me disse que não iria também.

Problemas resolvidos.

Quando eram oito e quarenta, Lili me enviou um SMS dizendo estarem chegando.

Eu mais que depressa pedi que meus pais me levassem ao aeroporto, eu queria muito vê-la,  e, porque eles são os melhores pais do mundo, claro que eles me levaram.

Nove e dez, Lili e a família dela chegaram, nós os levamos para casa e passamos a tarde juntos, organizando as coisas.

Enquanto eu me divertia e nós conversávamos sobre inúmeras coisas, meu pensamento estava ligado no que Matt estava planejando para a noite.

Era um bom momento para ver se Lili já estava sabendo de algo, pois meus pais são péssimos em guardar segredo, poderia ter saído algum assunto entre eles.

— Lili, eu te contei que Matt me chamou para sair hoje, de novo?

— Contou, sim, Mag. Por quê?

— Ah, não sei, ele conversou com meu pai ontem a noite, só que eu não consegui ouvir o que era, e quando meu pai entrou em casa ele estava sorrindo e logo após ele falar com minha mãe, os dois viraram para mim sorrindo, daí perguntei o que Matt havia dito, e os dois começaram a me dar boa noite.

— Nossa amiga, que estranho né. — a maneira como ela respondeu foi muito suspeita.

— É, e você tava e tá, estranha... Me diz eles te falaram alguma coisa?

— Comigo? Hahaha, claro que não, estávamos juntos até agora. — ela deu de ombros.

— Jura?

— Eu juro.

Essa resposta que ela deu, não foi nada confiável, mas como ela não iria dizer nada, caso soubesse, eu preferi não insistir e continuamos a trabalhar, até umas quatro horas, porque eu precisava me arrumar.


Enfim, passado o tempo, a tão esperada sete horas chegou e com ela Matt.

Lembram do meu primeiro encontro, em que eu disse que ele estava lindo e cheiroso?  Ah, dessa vez ele estava magnífico, mais do que a primeira vez, e digo isto em todos os aspectos.

Eu estava da maneira mais bonita e arrumada possível, porém um pouco diferente dos outros dias, eu coloquei um salto preto, calça jeans (aquele azul bem forte) e uma regata preta com um blazer branco, um colar de pedrinhas e um anel de falange.

Assim, quando ele chegou, eu me despedi dos meus pais, que novamente sorriam de orelha a orelha.

Matt buzinou para eles e eles acenaram, logo depois entrei no carro e...

— Vem cá Matt, o que tá acontecendo? — eu já não aguentava mais aquele suspense todo.

— Sobre? — ele respondeu como quem não sabe realmente sobre o que está sendo questionado.

— Por que meus pais e você estão diferentes?

— Eu não sei, eu estou normal... — ele olhou sério para mim e deu de ombros na maior naturalidade.

Sem essa de era uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora