▬ Do Convento ao Morro 2

Capítulo 38 _ 5 meses...

Luan - Por que? - começou a olhar nos meus olhos, abaixei a cabeça olhando pra minha coxa- Melina - Não acho certo continuar com ela, não iria gostar se ela me traísse. Ele ficou quieto e tirou as mãos das minhas coxas.
Luan - Vem. - me deu a mão - Melina - Não posso. O Yhan tá me esperando.
Luan - Blá blá blá. - fez cara de mulher - Vem. -puxou minha mão, me fazendo descer do balcão - Botei o prato sem mais nenhum brigadeiro e a colher na pia.
Melina - Pra onde?
Luan - Coloca isso. - tirou a camisa do ombro - Coloquei a camisa, que ficou um vestido em mim. Deixei ele me levar pra onde ele quisesse. Saimos da casa e entramos no carro dele.
Melina - Pra onde a gente vai? -perguntei ficando de joelho no banco do carro -
Luan - Surpresa. Senta direito. -me olhou meio bravo -
Sentei direito e coloquei o pé no painel.
Luan - Falo nada. - colocou uma das mãos na minha coxa, deixando o câmbio do carro no automático - Ele começou meio que a massagear minha coxa. Melina - Para.
- bati na mão dele-
Luan - Não to fazendo nada de mais. -continuou-
Melina - Para caralho. -falei um pouco mais alto e bati na mão dele de novo-
Luan - Não to fazendo nada véi. -continuou-
Melina - TA PENSANDO QUE EU ESQUECI DA VALENTINNA É? -berrei-
Luan - Ta querendo acordar o morro todo é? - só então percebi que estavamos saindo do morro agora -
Melina - Cala a boca. To estressada com você. -tirei a mão dele da minha coxa- Foquei meu olhar apenas pra onde ele dirigia.
Melina - Quero voltar pra casa. -reclamei- Fiquei um tempo em silêncio, percebendo que ele estava me ignorando.
Melina - Quero ir pra casa, to com frio. -reclamei de novo- Mais um tempo em silêncio. Melina - NÃO ME IGNORA SEU IDIOTA, BABACA. - chutei o painel com força enquanto berrava -
Luan - Não precisa quebrar o carro nao tá? - siníco -
Melina - Para o carro. Ele me ignorou de novo.
Melina - PARA O CARRO. - bati o pé no painel de novo -
Luan - PARA DE BATER A PORRA DO PÉ NO PAINEL, CARALHO MELINA. PARA QUE PORRA? Fiquei quieta, esperei um tempo e assim que ele parou no farol vermelho, eu abri a porta do carro e sai, ele estendeu o braço e agarrou a blusa.
Melina - Me solta. - levei meu corpo pra frente, o fazendo soltar a blusa - Fechei a porta do carro e andei até a calçada.

Foda-se, estou descalça, e com uma blusa que cobre só até a minha coxa, andando no meio da rua as 5:50 da manhã. Eu não estava tão longe do morro, então fui andando e quando cheguei ao pé do morro, estavam morrendo de cansaço.

xXx - Entra aí. - alguem parou o carro do meu lado - Olhei pro lado e continuei andando. Ele ia me seguindo com o carro, matendo minha velocidade.
xXx - Entra Melina, que caralho! Eu me virei pra ele, a raiva me subiu.
Melina - Não Luan, não vou entrar ai! - continuei andando - Luan - Entra logo. - já estavamos subindo o morro -
Melina - Acho melhor tu sair de perto pra não dar trela né? - sorri sinica pra ele -

Ele saiu de perto com o carro, mas mesmo assim continuava ao meu "lado". Subi aquela porra de morro inteiro e finalmente cheguei na casa do Diego, parei na porta, e entrei, passei pela sala em silêncio, subi devagar e entrei no meu quarto, corri pro banheiro e tirei aquela blusa, lavei só meu pé e soquei a blusa num lugar escondido. Sai do banheiro e me deitei na cama, bem longe do Yhan. Ai pude pegar meu celular no criado-mudo e olhar a hora, 6:30. Capotei super rápido

3 Meses Depois...

A Melissa está com uma barrigona, tá de 5 meses eu acho. A gente ainda vai pra escola, estamos morando no morro do Caio, minha mãe não voltou com o Diego. Desde aquela noite e o Luan me procurou algumas vezes e eu dei umas duras nele. Estou séria com o Yhan. O Gabriel vive mandando sms pra Melissa, e passando rádio pra ela, e pedindo desculpas, blábláblá, que quer ficar perto do filho. Sim é um menino pra minha infelicidade, mas, que venha com saude. O Kauê bom depois daquele desastre voltou pro Estados Unidos e a gente conversa com ele de vez em quando, minha mãe ainda está bolada com ele, mas logo passar, e o Diego bom ficou triste mais aceito não tinha o que fazer, mais pra mim ele ainda vai continuar sendo meu pai.

Mais um dia chato, menos um dia que meu sobrinho lindo nascer. Entrei em casa e me joguei no sofá, joguei a mochila no chão e fiquei lá tentando não morrer. Graças a Deus que amanhã é sábado. Melissa se sentou do meu lado e colocou a mochila de lado.
Melissa - Cada dia que passa fico mais apavorada.
Melina. - Por que?
Melissa - Porque vai ter um ser saindo de mim, e eu vou ter que cuidar dele, perder toda a minha liberdade!
Melina - Relaxa, eu e a mãe vamos te ajudar. E outra, o Gabriel ajudou a fazer, então também vai ajudar a cuidar. -sorri-
Melissa - De boa. - sorriu -
Liguei a tv e coloquei em qualquer canal lá. Quando tava quase pegando no sono alguém tocou a campainha. Milagre, ninguém nunca toca essa porra.
Melina - Eu atendo. - me levantei e caminhei até a porta.-
Me assustei quando vi o Diego lá.
Melina - Quem morreu? -falei assustada-
Diego - Haha. - ironico -
Dei espaço pra ele entrar e fechei a porta assim que ele saiu do caminho.
Diego - Vim levar vocês pra ir no shopping.
Melissa - Sério? - se levantou sorrindo -

Ele apenas assentiu.