Sinopse:
Depois de 16 anos no morro. A história volta a tona sendo narrada pelos filhos de Lisa. Luan, Melina e Melissa. E juntos, os três passaram por cada coisa que ninguém vai acreditar. Envolvendo drogas, sexo, muita putaria e uma pitada de roma...
Acordei com uma poça de água se formando abaixo de mim, me levantei e fiquei olhando.
Melina - Mô. -bati nele- Ele se revirou e voltou a dormir. Melina - Mô. -dei um chacoalhão nele- Luan - Que? -resmungou- Melina - Que isso aqui na cama? Luan - Isso oque? -se levantou- Melina- Aqui, em baixo de mim. -me levantei- Luan - Tu fez xixi? -me olhou- Melina - Não! É água! Luan - Melina, ta pigando de tu isso ai. -apontou pras minhas pernas- Passei as mãos nas pernas e tava pingando. Melina - A BOLSA ESTOROU PORRA! Luan - Vamos logo. Melina - Vou toma banho, Oxê.
Fui pro banheiro e tomei um banho rápido. Coloquei uma roupa simples, de boa pra tirar. Peguei a mala do neném, peguei a minha mala e fomos numa boa, enquanto eu ligava pra todo mundo. Liguei pra minha mãe.
- Início da Ligação -
Melina - Boooooom diaaaaaa. -berrei- Lisa - Se não for muito importante eu te esgano. -remungou- Melina- Se acha que o nascimento do seu neto não é importante, que seja. -dei de ombros- Lisa - NASCIMENTO DE QUEM? Melina - Do seu neto. Lisa - Que hospital? Melina - É o Tijuca? Ou o de Copa amor? Luan - Escolhe! Melina - De Copa mãe, encontro vocês lá! Beijos. -desliguei-
- FIM DA LIGAÇÃO -
Chegamos no hospital de boa, o Luan falou com a moça no balcão e chegaram com uma cadeira de rodas pra mim.
Melina - Não moça, eu posso ir andando, valeu. -sorri- Moça - Senhora, e se tu sentir uma contração? Sente-se por favor.
Depois da insistencia dela e do Luan eu sentei e me levaram pra sala de bagulho lá. Me deitaram lá e falaram que iam ver minha dilatação, que porra ser essa?
Moça - Ela já tá dilatada os 9cm. -gritou- Ela tá olhando pra minha buceta? E tá falando que tem 9 centímetros é isso? Melina - 9 cm pra que? Moça - Isso quer dizer que tu poder ter o parto normal, que é o recomendado! Melina - Vamo nessa. -relaxei na caminha-
Me tiraram de lá e me levaram pra outro lugar, com vários enfermeiros lá, credo, tudo isso de gente pra ver uma criança sair de dentro da minha buceta? Credo! Moça - Faz força! -olhei assustada pra ela- Moça - Faz força pra fora, pro bebê sair! Eu fiz como ela mandou. Depois de uns quize minutos a criança saiu de dentro de mim. A moça veio entrega ele pra mim. Melina - Sai, não quero ver ele agora não! Muleque lerdo da porra! -reclamei- Ela deu de ombros e entrou pro Luan que ficou babando no muleque. Ele chegou perto de mim com o menino. Luan - Olha que lindo. -sorriu- Eu fiquei olhando pra aquela carinha linda, fofa, delicia! Meu filho. Melina - Nosso filho. -sorri- Dá ele aqui. -mandei-
Peguei o menino no colo e fiquei mimando ele até a enfermeira quase me bater pra eu devolver ele pra ela. Me ajudaram a tomar banho, e me deitei na cama lá, logo apareceu todo mundo, até o Gabriel, eca.
Melissa - Você tá bem? Doeu? Quando eu fui ter o Guilherme doeu pra caralho. -falou olhando pro Gui que tava no colo do Gabriel- Lisa - Foi normal né? Diego - Tá bem? Luan - Ow cala a boca ae gente! -olhou pra todo mundo- Melina - Eu só quero dormir. -fechei os olhos e relaxei- Eu ouvi silêncio e mais silêncio e então a porta abriu e alguém me cutucou. Melina - Que? -abri os olhos- A enfermeira estava parada na minha frente com o menino no colo. Moça - Vim te ensinar a amamentar. -sorriu- Melina - Todo mundo vazando! -olhei pro pessoal que estavam apertados no sofá e na poltrona.- Eles levantaram e sairam, me deixando a sós com o meu marido e a enfermeira. Ela me ensinou tudo do básico, como livrar da cólica, dar banho no começo, amamentar, trocar a roupa, essas coisas, o resto eu ia pedir ajuda pra minha mãe.
Fui pra casa depois de uns 2 dias e fiquei lá curtindo meu filho, junto com todos os babões. Ouvi um apito de rádio e meu pai foi pra cozinha atender. Logo depois ele voltou branco.
Diego - Vão invadir lá Luan, vamo embora! -pegou a chave do carro-
O Luan levantou, me deu um beijo na testa e foi indo, nós acompanhamos eles rápidos até o portão. Quando o Luan foi indo, ele me olhou, me deu outro beijo na testa, um selinho, deu um beijo na testa do Matheus Luan - Te amo. -sussurrou e me deu mais um selinho-
E foi embora. Eu entrei em casa desesperada. Fazia tempo que não tinha guerra no morro, nessa provavelmente iriam entrar com tudo. Estava apreensiva. Elas entraram comigo, o Gabriel nem tava mais lá, Graças a Deus. Sentamos no sofá e o Gui tava bricando com uns briquedinhos dele lá. Enquanto nós assistiamos tv. Finalmente o Matheus dormiu e eu coloquei ele no quarto dele.
Fícamos quase 3 horas sem notícias. Depois de muita aflição. O Diego chegou... sozinho.
Diego - Morreu muita gente do nosso lado, mas do deles também. Não foi hoje, tamo muito desfalcado. Melina - Cadê o Luan? -meus olhos já marejavam, eu esperava o pior.- Diego - Desculpa... -olhou pra baixo- Melina - Pai, pai, o que aconteceu? -já deixei as lágrimas rolarem, eu ia surta ali mesmo- Diego - Eu não consegui ajudar. -pela primeira, ou segunda vez, vi lágrimas caindo dos olhos dele- Melina - E o que você quer dizer com isso? - desesperei - Diego - Que o Luan foi baleado, no peito. -a lágrima deslizava pelo seu rosto- Lisa - Diego, que tipo de brincadeira é essa? -tava apavorada também- Diego - NÃO É BRINCADEIRA PORRA, TÁ ACHANDO QUE EU IA BRINCA COM A MORTE DO MEU PRÓPRIO FILHO? -se levantou- Melina - PARA COM ISSO PORRA. COMO O LUAN TÁ MORTO? QUEM FOI O FILHA DA PUTA? -ouvi o choro do Matheus lá em cima- Lisa - O menino tá chorando Melina! Melina - EU NÃO QUERO SABER! -acho que ela entendeu minha dor, porque ela mesma foi acalmar a criança- Diego - VAI FICAR RENEGANDO O FILHO AGORA PORRA? -me olhou bravo- Melina - Quem mandou invadir a porra do morro? -olhei séria- Diego - Algum militar babaca! Ainda não sei! Melina - Amanhã de manhã to colando no morro, entendeu?! -ele assentiu assustado- Diego - Pra que? Melina - EU QUERO VER O CORPO DELE, OU VOCÊS JÁ JOGARAM NA MATA COMO SE ELE FOSSE OUTRO PM BABACA? Ele apenas fez que não com a cabeça.
Acordei suando frio, olhei pro lado e não tinha ninguém, passei a mão e ainda estava quente! Levantei rápido e desci as escadas correndo, com o coração acelerado. Olhei pra cozinha e ele estava lá. Ai meu Deus, foi tudo um sonho Melina. Corri até ele e o abracei, acho que estava chorando.
Luan - Calma, não vou fugir não! -se virou e me abraçou de frente- Ficamos um pouco em silêncio. Luan - Por que tava chorando a noite? Melina - Foi horrível. -era tudo o que eu conseguia dizer- Depois de um tempo, consegui me acalmar, e falei tudo pra ele. Luan - Mor, vão invadir o morro ainda essa semana! Melina - Você não vai! -me levantei- Luan - Não posso deixar o pai sozinho. Melina - Luan, por favor... Bela hora pra tu acordar viu Matheus?
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